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terça-feira, 24 de setembro de 2013

O CAMINHO A VERDADE E A VIDA





 JESUS



        
 



                   V           D           


                            E             A       D       S...


                                    R                    E
 


                            ( o caminho a verdade a vida)



         Quando iniciamos a tarefa de escrever sobre fatos, acontecimentos e o contexto existencial da raça humana que habita o globo terrestre, parte da sua história e o seu conteúdo sociológico, filosófico, psicológico e espiritual, tínhamos em mente colocar o nome da obra de “colocando o dedo na ferida”,  já que o nosso objetivo é criticar de maneira construtiva, o comportamento e as atitudes e ações de pessoas cuja postura e modo de agir interfere no todo psicológico da humanidade.
 
Entretanto com o desenrolar da obra e com o seu conteúdo sendo melhor analisado, concluímos pela alteração do seu título, que entendemos ser o atual, VERDADES, o mais apropriado. O Subtítulo, entre parênteses é consequência da inspiração apologética que rendemos ao Mestre JESUS, que tanto professou publicamente a sua doutrina, na tentativa de se fazer compreendido por todos os que os seguiam e escutavam os seus sermões e predicações.
 
Entendemos que a verdade por si só se apresenta e revela a que veio, não necessitando de maiores explicações, ou justificativas de nossa parte. A verdade é a verdade, pura e simplesmente. Não temos como disfarçar um fato quando ele se apresenta como uma verdade cabal e incontestável,  ainda que este fato seja uma inverdade. Vejam que coisa extraordinária é a verdade.
 
Pois, mesmo quando alguém estar a mentir, a disfarçar, a enganar, a corromper as consciências, ainda assim esse é um fato verdadeiro, esse fato adotado por essa pessoa é uma verdade, é a sua verdade. Isto quer dizer que a verdade de alguns pode ser uma verdade deletéria, contra os princípios do bem, do melhor, mas é a sua verdade, ou,  essa é a verdade que esse ser alcança e o seu intelecto permite conjecturar  face os limites da sua racionalidade, dos seus princípios e formação intelectual.
 
Não podemos querer ou esperar algo benéfico e extraordinário de alguém que não possui formação e convicções altruísticas, porque aquilo que lhes falta é congênito,  da sua essência, do seu conteúdo primordial. Mudar essa realidade, é mudar as suas verdades existenciais.  
 
Mas, podemos enganar a todos,  porém a nós mesmos jamais conseguiremos enganar. Se fizermos uma exegese das nossas verdades intrínsecas concluiremos que elas na maioria estão muito distantes do verdadeiramente verdadeiro.
 
Daí o dizer de JESUS, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Mas, libertar do que JESUS ? 
 
Ora, das suas inverdades, das suas idiossincrasias, das  suas mentiras, tidas por vós mesmos como verdades absolutas, mas que não passam de armadilhas colocadas diante de vós mesmos, para dificultar o processo evolutivo vosso e daqueles a quem deveis  satisfação, seja por uma condição de”provas”, seja por uma condição de “expiação”, seja por uma condição de “missão”, a que estais submetido nesta atual existência.
 
Verdade é que o que fizeres de mal e que propicie um atraso para os seres humanos com os quais convive, verdade é que havereis de saldar tim por tim, o prejuízo causado a esses seres humanos. Fato é que quando conhecemos a verdade da qual se refere o Mestre JESUS, e a essa mesma verdade nos rendemos,  submetemos e subjugamos, estamos reconhecendo que esta é a que nos liberta, nos conforta e nos torna semelhantes. Esta verdade estar acima de tudo e de todos.
 
Já ouvimos falar este ditado “ninguém é dono da verdade”, é verdade, pois esta se encontra numa outra dimensão existencial, está acima da nossa vã filosofia, a verdade é algo que transcende aos nossos valores materiais, ela se encontra ínclita na consciência do criador de todas as verdades expressas nas leis da natureza e eternas do criador de todas as coisas que é DEUS. Eis a verdade da qual ninguém foge e nem escapa no desiderato de suas consciências e diante da vontade de DEUS.
 
Portanto busquemos a verdade do nosso contexto atual de vida para que possamos propiciar o que for de melhor para a nossa atual caminhada neste processo evolutivo e de melhoras diante de tudo o que nos cerca e face os nossos atos e comportamento uns para com os outros.  Mas, JESUS falou “eu sou o caminho”.
 
Qual caminho estaria JESUS se referindo, para nos convidar a segui-lo ? 
 
A resposta mais lógica e que nos chega a mente é a de que o caminho seria o de seguir os seus passos. O seu exemplo, o seu modo de ser e agir para com os semelhantes. Entretanto se formos seguir essa idéia estaremos fugindo da nossa realidade, pois, seguir JESUS é estar na mesma condição evolutiva do Mestre o que infelizmente ainda não é o nosso caso.
 
Mas seguir o caminho ao qual se refere o Mestre é estar em sintonia com a verdade crística de amar a DEUS sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Mas então qual seria o caminho mais fácil de se percorrer para atender ao chamado do Mestre?
 
Pois, se quisermos ser mais objetivos, verdadeiramente o caminho a que nos clama JESUS, passa impreterivelmente, pela humildade, pela bondade, pela caridade, pela abnegação, pelo desprendimento e  pela praticado bem. Se estamos nos conduzindo de forma semelhante, estamos seguindo o caminho preceituado pelo nosso Mestre.
 
É fácil seguir esse roteiro de atitudes?
 
Nunca o foi e nem será. Mas, esse é o caminho. Quando nos esforçamos para seguir esse roteiro, esta senda, é porque estamos tentando dar ouvidos à palavra do Mestre. Já podemos nos considerar um ser dotado de bons propósitos e boas convicções por estarmos encetando energias mediante a nossa vontade e pensamentos no sentido de atendermos aos conselhos do Mestre.
 
O nosso coração vibra a nossa mente espargi essa energia que sobe até JESUS e chega DEUS, somente pelo simples fato de nos esforçarmos em atender aos seus conselhos e as suas palavras o que para nós é o caminho, para o mestre é a graça que está se esboçando e cobrindo de méritos aquele SER que despertou para as verdades do nosso Criador Divino. É a vida, é o existir imponderável proclamado pelo Mestre.
 
Rio, 12/10/2009.

TER ÂNIMO...



TER  ÂNIMO...
 

Andei pesquisando a palavra "ânimo", que vem do latim "animu", que significa: espírito, vida, índole, valor, alento, coragem, intenção.

“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).


Versículo conhecido no qual destacamos a palavra: ânimo, que aparece 42 vezes na palavra de Deus.


Ter bom ânimo não é se conformar com as situações adversas e, muito menos, sair brigando.


Ter bom ânimo é sim: não esmorecer e fraquejar na fé.


No original hebraico a palavra é: “chazaq” que, entre outras coisas significa: fortalecer, prevalecer, tornar-se forte, ser corajoso, ser ou ficar firme, ser resoluto, ser persistente, ficar seguro, sustentar, encorajar.

No grego a palavra é “euthumeo” e significa: animar-se, alegrar-se, estar satisfeito, estar num bom estado de ânimo, estar feliz, estar de boa disposição.
 

*FOI DEUS QUEM DEU INÍCIO AO BOM ÂNIMO EM NOSSA VIDA.
*JESUS RECOMENDOU QUE TIVÉSSEMOS BOM ÂNIMO.
*AINDA HOJE JESUS CONTINUA A NOS DIZER: TENDE BOM ÂNIMO.

As aflições são consequências deste mundo, mas vontade e ânimo são nossos, pois Deus já nos deu isto. Não deixe a vontade e o ânimo esmorecer em sua vida, não os deixe de lado, mas viva uma vida de vencedor!!!


Natal, 26/08/2012.

Emmanuel Avelino.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MARIA DE NAZARETH





 
 
MARIA MÃE DE JESUS
 
 
 
 
Bibliografia: Livro Momentos de Ouro
Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos
MARIA DOLORES
Retrato de Mãe
 
 
 
Depois de muito tempo,
Sobre os quadros sombrios do calvário,
Judas, cego no Além, errava. Solitário…
Era triste a paisagem
O céu era nevoento..
Cansado de remorso e sofrimento,
sentara-se a chorar…
Nisso, nobre mulher de planos superiores,
Nimbada de celestes esplendores,
Que ele não conseguia divisar,
Chega e afaga a cabeça do infeliz.
Em seguida, num tom de carinho profundo,
Quase que, em oração, ela lhe diz:
-Meu filho, por que choras?
Acaso, não sabeis? – replica o interpelado,
Claramente agressivo,
Sou um morto e estou vivo.
Matei-me e novamente estou de pé,
Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé…
Não ouviste falar em Judas, o traidor?
Sou eu que aniquilei a vida do senhor…
A principio, julguei
Poder fazê-lo rei,
Mas apenas lhe impus
Sacrifício, martírio, sangue e cruz,
E em flagelo e aflição
Eis que a minha vida agora se reduz…
Afastai-vos de mim,
Deixai-me padecer neste inferno sem fim…
Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,
Nada sabeis da mágoa que me agita,
Nunca penetrareis minha dor infinita…
O assunto que lastimo é unicamente meu…
No entanto, a dama calma respondeu:
-Meu filho, sei que sofres, sei que lutas,
Sei a dor que te causa o remorso que escutas,
Venho apenas falar-te
Que Deus é sempre amor em toda parte…
E acrescentou serena:
- A Bondade do Céu jamais condena;
Venho por mãe a ti, buscando um filho amado
Sofre com paciência a dor e a prova;
Terás em breve, uma existência nova…
Não te sintas sozinho ou desprezado.
Judas interrompeu-a e bradou rude e pasmo:
-Mãe ? Não me venhais aqui com mentira e sarcasmo.
Depois de me enforcar num galho de figueira,
Para acordar na dor,
Sem mais poder fugir à vida verdadeira,
Fui procurar consolo e força de viver
Ao pé da pobre mãe que me forjara o ser !…
Ela me viu chorando e escutou meus lamentos,
Mas teve medo de meus sofrimentos.
Expulsou-me a esconjuros,
Chamou-me monstro, por sinal,
Disse que eu era
Unicamente o espírito do mal;
Intimou-me a terrível retrocesso,
Mandando que apressasse o meu regresso
Para a zona infernal, de onde, por certo, eu vinha…
Ah! detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha…
Não me faleis de mães, não me faleis de amor…
Sou apenas um monstro sofredor..
-Inda assim- disse a dama docemente-
Por mais que me recuses, não me altero;
Amo-te, filho meu, amo-te e quero
Ver-te de novo, a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação…
Virás comigo à Terra,
Perderás, pouco a pouco, o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento.
Numa nova existência de esperança.
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo,
Dar-te-ei outra mãe! Pensa e descansa!…
E Judas, nesse instante,
Como quem olvidasse a própria dor gigante
Ou como quem se desagarra
De pesadelo atroz,
Perguntou ;- quem sois vós?
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois divina Mulher, irradiando amor
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?!…
No entanto, ela a fitá-lo, frente a frente,
Respondeu simplesmente:
- Meu filho, eu sou Maria, sou a mãe de Jesus.
 
 


domingo, 15 de setembro de 2013

AS FORÇAS DO BEM






AS FORÇAS DO BEM


 

Tempos se aproximam aceleradamente

Estes conselhos que venho transmitir-vos

á Terra são preparados no Alto semana

após semana e em seguida submetidos á

aprovação do Senhor, mostrando-vos o

que de urgente têm de fazer em benefício

da vossa própria felicidade.

“A cada um será dado segundo as suas

obras. Àquele que tem mais ainda lhe

será dado: e àquele que não tem, ser-lhe-á

tirado o pouco que tem.”

Elevai constantemente o vosso

pensamento para Deus para que os

vossos actos correspondam ao mais

elevado sentido do bem da moral e da

justiça.

Os homens vivem nesta hora momentos

verdadeiramente decisivos da sua vida

planetária. Trata-se de uma evolução

prefixada á milénios pelos grandes

dirigentes planetários e que agora se

cumpre ,não apenas no solo firme da

Terra como também nos planos que lhe


são adjacentes, habitados por Espíritos

pertencentes á Terra embora

desencarnados.

Chegou o momento em que todos são

convidados a modificar para melhor o seu

modo de ser, sua maneira de viver, de

pensar e de agir enquadrando-se nos

ensinamentos de Jesus aqui deixados há

vinte longos séculos. Haveres, bens

materiais, património, fortuna não ajudam

os filhos da Terra na aquisição da sua

felicidade Espiritual.

Cuidai carinhosamente de vossas

crianças, dai-lhes exemplos de humildade,

honradez e fé, além da educação que em

vossas posses estiver. Rogai diariamente

ao Senhor por elas.

Irmãos meus acordai do torpor imposto

pela carne e elevai o vosso pensamento a

Nosso Senhor, que procura salvar-vos

enquanto é tempo. Despertai do sono em

que viveis mergulhados e Orai, Orai

diariamente e sempre.

Uma vez assimilado tudo quanto neste

pequeno volume vos deixo, transmiti-o ao

maior numero de amigos vossos.

DITADO PELO ESPÍRITO
IRMÃO TOMÉ



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O BEM E O MAL EXISTEM?...

 
 
 
 
 
O bem e o mal existem?
 
Durante uma conferência com vários universitários, um professor da
Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
- Deus criou tudo o que existe?
Um aluno respondeu valentemente: - Sim, Ele criou…
- Deus criou tudo? -perguntou novamente o professor.
- Sim senhor, respondeu o jovem.
O professor respondeu
- Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do
preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de
ter provado mais uma vez que a fé era um mito. Outro estudante levantou a mão
e disse:
- Posso fazer uma pergunta, professor?
- Lógico! - foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe?
- Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?
O rapaz respondeu:
- De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos
frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de
estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo
 tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de
calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós
 criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
Novamente o aluno pergunta ao professor:
- E, existe a escuridão?
O professor respondeu:
- Existe.
O estudante respondeu:
- Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão
na realidade é a ausência de luz. Um simples raio de luz atravessa as trevas e
ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro
está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse
espaço, não é assim? Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para
descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
- Senhor desculpe-me a redundância: o mal existe mesmo?
O professor respondeu:
- Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.
E o estudante respondeu:
- O mal não existe senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é
simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma
definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o
mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O
mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações.
É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há
luz.
Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas
balançou a cabeça permanecendo calado.
 
Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?


domingo, 1 de setembro de 2013

"A Gênese"



O Instinto e a Inteligência


11. Que diferença existe entre o instinto e a inteligência? Onde termina um e começa a outra? Será o instinto uma inteligência rudimentar, ou uma faculdade distinta, um atributo exclusivo da matéria?
 
O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos à realização de atos espontâneos e involuntários, em vista à sua conservação. Nos atos instintivos, não há reflexão, nem premeditação. É assim que a planta procura o ar, gira em direção à luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutritiva; que a flor se abre e se fecha alternativamente, segundo sua necessidade; que as plantas trepadeiras se enrolam em torno de seu apoio; ou se enroscam com suas gavinhas. É pelo instinto que os animais são advertidos do que lhes é útil ou prejudicial; que, nas estações propícias, se movimentam em direção aos climas propícios; que, sem lições preliminares, constróem, com mais ou menos arte, segundo as espécies, acomodações macias e abrigos para sua descendência, ou armadilhas para prender a presa de que se nutrem; que manejam com habilidade as armas ofensivas e defensivas de que são providos; que os sexos se aproximam; que a mãe incuba seus filhotes e que estes procuram o seio materno. Quanto ao homem, o instinto domina com exclusividade, no começo da vida; é pelo instinto que o infante faz seus primeiros movimentos, que agarra seu sustento, que chora para exprimir suas necessidades, que imita o som da voz, que ensaia a fala e o andar. Mesmo no adulto, certos atos são instintivos: os movimentos espontâneos para evitar um perigo, para se livrar de um desastre, para manter o equilíbrio; tais são ainda, o piscar das pálpebras para diminuir o brilho da luz, a abertura maquinal da boca para respirar, etc.
 
 
12. A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, segundo a oportunidade das circunstâncias. Incontestavelmente, isto é um atributo exclusivo da alma.
 
Todo ato maquinal é instintivo; o que denota reflexão, combinação, uma deliberação, é intelectivo; um é livre o outro não o é.

 
 
O instinto é um guia seguro, que jamais se engana; a inteligência, pelo fato de ser livre, é por vezes sujeita a erro.

 
Se o ato instintivo não tem o caráter do ato inteligente, não obstante, revela uma causa inteligente, essencialmente previsora. Admitindo que o instinto tem sua fonte na matéria será preciso admitir que a matéria é inteligente, e mesmo mais seguramente inteligente e previdente que a alma, eis que o instinto não se engana jamais, ao passo que a inteligência se engana.
 
Se considerarmos o instinto como uma inteligência rudimentar, como é que assim poderá ser, quando, em certos casos, ele se demonstra superior à inteligência racional? Como é que proporciona a possibilidade de executar coisa que a razão não pode produzir?
 
Se ele é o atributo de um princípio espiritual especial, o que é feito deste princípio? Depois que o instinto se apaga, esse princípio seria pois anulado? Se os animais apenas são dotados de instinto, seu futuro não tem saída; seus sofrimentos não teriam nenhuma compensação. Tal não seria conforme à justiça e à bondade de Deus. (Cap. II, Nº 19).

 
 
13. Segundo um outro sistema, o instinto e a inteligência teriam um único e mesmo princípio; chegado a um certo grau de desenvolvimento, este princípio, que começaria apenas com as qualidades do instinto, sofreria uma transformação que lhe conferiria as qualidades da inteligência livre.







 
Sendo assim, no homem inteligente que perde a razão, e apenas é guiado pelo instinto, a inteligência voltaria ao seu estado primitivo; e, desde que recupere a razão, o instinto voltaria a ser inteligência, e assim alternativamente em cada acesso, o que não é admissível.



 
Além disso, a inteligência e o instinto se apresentam freqüentemente ao mesmo tempo, no mesmo ato. Com o andar, por exemplo, as pernas se movem de modo instintivo; o homem coloca um pé adiante do outro, maquinalmente, sem nada considerar; porém, quando quer diminuir ou acelerar sua marcha, erguer o pé ou desviar-se para evitar um obstáculo, aí há cálculo, combinação; ele age de modo deliberado. O impulsionamento involuntário do movimento é o ato instintivo; a direção calculada do movimento é o ato inteligente. O animal carniceiro é impelido pelo instinto a nutrir-se de carne; porém, as precauções que ele toma, as quais variam segundo a circunstâncias, a fim de agarrar sua presa, sua previsão com relação às eventualidades, são atos de inteligência.

 
 
14. Uma outra hipótese que, por fim, alía-se perfeitamente à idéia da unidade de princípio, ressalta do caráter essencialmente previsor do instinto, e concorda com o que o Espiritismo nos ensina, a respeito das relações do mundo espiritual e do mundo corporal.



 
Atualmente, sabe-se que há Espíritos desencarnados que têm por missão velar sobre os encarnados, de quem são protetores e guias; que eles os rodeiam com seus eflúvios fluídicos; que o homem age de maneira inconsciente sob a ação de tais eflúvios.


 
Por outro lado, sabe-se que o instinto, que por si próprio produz atos inconscientes, predomina nas crianças, e em geral nas criaturas cuja razão é fraca. Ora, segundo esta hipótese, o instinto não seria um atributo da alma, nem da matéria; não pertenceria propriamente ao ser vivo, mas sim, seria um efeito da ação direta dos protetores invisíveis que supririam a imperfeição da inteligência, provocando eles mesmos os atos inconscientes necessários à conservação do ser. Seria como os andadores com as quais se sustenta a criança que ainda não sabe andar. No entanto, da mesma forma que se suprime gradualmente o uso dos andadores, à medida que a criança se sustenta por si, os Espíritos protetores deixam seus protegidos entregues a si mesmos, à medida em que eles possam se guiar por sua própria inteligência.



 
Assim, o instinto, longe de ser o produto de uma inteligência rudimentar e incompleta, seria o efeito de uma inteligência estranha na plenitude de sua força; seria uma inteligência protetora, que supriria a insuficiência, seja de uma inteligência mais jovem, que ela impediria à realização inconsciente de seu bem, que ainda seria incapaz de obter por si própria, seja de uma inteligência madura, mas momentaneamente entravada no uso de suas faculdades, o que ocorre no homem em sua infância, e no caso de idiotia, ou de afecções mentais.



 
Proverbialmente se diz que há um deus para as crianças, os loucos e os bêbados; este ditado é mais certo do que por vezes se crê; este deus não é senão o Espírito protetor que vela sobre o ser, incapaz de se proteger por sua própria razão.
 
15. Nesta ordem de idéias, pode-se ir mais longe. Esta teoria, embora seja racional, não resolve todas as dificuldades da questão.
 
Se observarmos os efeitos do instintivo, nota-se a princípio uma unidade de vista e de conjunto, uma segurança de resultados que não existem mais, desde que o instinto seja substituído pela inteligência livre; além disso, na adequação tão perfeita e tão constante das faculdades instintivas às necessidades de cada espécie, reconhecemos uma profunda sabedoria. Esta unidade de vistas não poderia existir sem a unidade de pensamento, e a unidade de pensamento é incompatível com a diversidade das aptidões individuais; somente ela poderia produzir este conjunto tão perfeitamente harmonioso que se estende desde a origem dos tempos e em todos os climas, com regularidade e precisão matemáticas, sem falhar jamais. A uniformidade no resultado das faculdades instintivas é um traço característico, que implica necessariamente na unicidade da causa; se esta causa fosse inerente a cada individualidade, haveria tantas variedades de instinto quantos indivíduos há, desde a planta até o homem. Um efeito geral, uniforme e constante, deve ter uma causa geral, uniforme e constante; um efeito que demonstra a sabedoria e a previdência deve ter uma causa sábia e previdente. Ora, uma causa sábia e previdente será necessariamente inteligente, e não pode ser exclusivamente material.



 
Não se encontrando nas criaturas, encarnadas ou desencarnadas, as qualidades necessárias para produzir tal resultado, é preciso subir mais alto, isto é, ao próprio Criador. Se nos reportarmos à explicação que foi dada sobre a maneira pela qual se pode conceber a ação providencial (Cap. II, nº 24), se figurarmos todos os seres como penetrados pelo fluido divino, soberanamente inteligente, logo se compreenderá a sabedoria previdente e a unidade de vistas que presidem a todos os movimentos instintivos para o bem de cada indivíduo. Essa solicitude é tanto mais ativa quanto o indivíduo tenha menos recursos em si mesmo e em sua própria inteligência; é por isso que ela se mostra maior e mais absoluta com os animais e com os seres inferiores do que com o homem.














 
Conforme esta teoria, compreende-se que o instinto seja um guia certo e seguro. O instinto material, o mais nobre de todos, que o materialismo rebaixa ao nível das forças atrativas da matéria, acha-se novamente elevado e enobrecido. Em razão de suas conseqüências, não seria preciso que ele fosse entregue às eventualidades caprichosas da inte ligência e do livre-arbítrio. Através do órgão da mãe, o próprio Deus vela sobre suas criaturas nascentes.
 
16. Esta teoria não destrói de modo nenhum o papel dos Espíritos protetores, cujo concurso é um fato verificado e provado pela experiência; porém, deve-se notar que a ação deles é essenciamente individual, que ela se modifica segundo as qualidades próprias do protetor e do protegido, e que não tem parte alguma na uniformidade e na generalidade do instinto. Deus, em sua sabedoria, conduz os cegos, mas confia à inteligência livre o cuidado de conduzir os que enxergam, para deixar a cada um a responsabilidade de seus atos. A missão dos Espíritos protetores é um dever que eles aceitam voluntariamente, e que para eles é um meio de progresso, segundo a maneira pela qual a executam.
 
 
17. Todas essas maneiras de considerar o instinto são necessariamente hipotéticas, e nenhuma delas tem um caráter suficiente de autenticidade para ser dada como solução definitiva. A questão será certamente resolvida algum dia, quando se houver reunido os elementos de observação que agora ainda faltam; até então, é preciso que nos limitemos a apresentar as opiniões diversas ao cadinho da razão e da lógica e aguardar que se faça a luz; a solução que mais se aproxima da verdade será necessariamente aquela que melhor corresponda aos atributos de Deus, isto é, à sua soberana bondade e à sua soberana justiça (Cap. II, nº 19).

 
 
18. O instinto é o guia e as paixões são as molas das almas no primeiro período de seu desenvolvimento, e por isso são por vezes confundidos em seus efeitos. No entanto, há entre estes dois princípios diferenças que é preciso considerar.
 
O instinto é um guia seguro, sempre bom; num certo tempo, pode tornar-se inútil, porém jamais nocivo; enfraquece, pela predominância da inteligência.
 
As paixões, nas primeiras idades da alma, têm isso de comum com o instinto, que os seres são por elas solicitados por uma força igualmente inconsciente. Elas nascem mais particularmente das necessidades do corpo, e mais que o instinto, se prendem ao organismo. O que as distingue do instinto, sobretudo, é que são individuais e não produzem efeitos gerais e uniformes, como este; ao contrário, vemos que elas variam de intensidade e de natureza, conforme os indivíduos. Elas são úteis, como estimulantes, até que se dê a eclosão do senso moral, o qual, de um ente passivo, faz um ser razoável; nesse momento, elas se tornam não só inúteis, mas também prejudiciais ao progresso do Espírito de quem retardam a desmaterialização; elas se enfraquecem com o desenvolvimento da razão.
 
19. O homem que não agisse senão pelo instinto, de modo constante, poderia ser bom, mas deixaria dormir sua inteligência; seria como o menino que não abandonasse os andadores e não saberia servir-se de seus membros. Aquele que não se assenhoreia de suas paixões pode ser muito inteligente, mas ao mesmo tempo, poderá ser muito mau. O instinto se aniquila por si mesmo; as paixões não são domadas senão pelo esforço da vontade.
 
Allan Kardec