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domingo, 1 de dezembro de 2013

ENTÃO É NATAL !


Nossos votos são:




Que o natal venha repleto de muita alegria e muita paz nos corações dos homens! 

HAJA FÔLEGO...





HAJA FÔLEGO...

 

É isso mesmo, tenho tomado muito fôlego e pedido muito fôlego para adentrar, enveredar....imergir, penetrar, se quiserem, nesse tema, do qual fica difícil se afastar, face o estrelismo que se criou em torno do mesmo, muito embora seja o mesmo um senhor ancião, com milhares e milhares de séculos nas costas.

Mas ele teima, é teimoso, é atávico, e como diz o nosso Irmão e Espírito da Alta Esfera da Luz, Anton, em sua obra “Jornada Planetária”, são Espíritos rudimentares, que segundo ele estão presos “às experiências sensoriais no campo íntimo de suas emoções que vão aos poucos lhe dando o entendimento sobre o amorobservação nossa: amor essência, diga-se de passagem –,  o ódio, o egoísmo, o orgulho, forçando-o, a partir de então, a estabelecer conceitos sobre o amor, ódio, etc., que passarão a nortear o seu relacionamento com os seus semelhantes.”

Um outro Irmão nosso não menos iluminado que é Jorge Andréa, esse ainda atualmente vivendo no seu corpo matéria, portanto ainda encarnado, vivo e profundamente operante, possuindo nada mais nada menos do que 12(doze) obras científicas sobre o assunto, sendo uma delas a que vamos agora citar trechos da mesma, “Forças Sexuais da Alma”, nos diz em seu Capítulo IV que trata do seguinte tema: Intersexualismo, Transexualismo, e mudanças de polarização sexual em face da Encarnação, Homosexualismo. Às pgs. 123, diz: “a força sexual pretérita da alma(nossa observação: quer dizer de vidas passadas em outras reencarnações), aqueles vórtices ainda plenificados das emoções e experiências passadas, não consegue deixar de influenciar o psiquismo do novo corpo que apóia órgão sexual de tendências opostas”, (observação nossa: quer dizer que: o mau uso feito pelo espírito em outras encarnações das suas condições sexuais estarão se refletindo em futuras vidas na matérias, e que nessas vidas e nesses corpos que em futuro deverão habitar, aí nesses corpos haverão de reparar o mal que perpetraram aos seus semelhantes em vidas passadas. Seria uma reparação e um resgate do mal que causaram a si próprio, como também   a outros espíritos, com os quais conviveram no passado).

Continua o autor professando o seu conhecimento científico – sim científico, pois o Dr. Jorge Andréa é Biólogo, Médico, Psiquiatra, Cientista Espírita com estudos de profundidade nesta doutrina com o apoio de Entidades Espirituais do porte de Dr. Bezerra de Menezes, Dr. André Luiz, Dr. Inácio Ferreira, Dr. Onofre Lopes, e outros, apenas para citar os mais conhecidos – e afirma: “ entretanto, para os que se encontram nessa posição, como faixa de transição, haveria as solicitação do passado psicológico na nova personalidade corpórea oferecendo distonias, sempre com algum perigo de deslizes no campo patológico”.

Entretanto, aquele que queira se aprofundar sobre o assunto sugerimos as obras do Dr. Jorge Adréa e outras muito mais que existem no mercado editorial brasileiro, porém para concluir com as informações do Eminente Cientista, consideramos o seguinte: “ Ninguém se realiza no caminho do desequilíbrio e da desordem. A prática deformante é resultado da distonia íntima que carrega consigo, cujo processo desencadeará desajustes, principalmente no setor moral”.

Bem, diante do que escrevi  acima já dá para entenderem do que desejo abordar neste artigo. É claro, é claro!... Deus em sua obra criadora nos deixou a seguinte advertência: “crescei e multiplicai-vos”. Bem, mas o que isso quer dizer, onde se quer chegar? É o seguinte: abram os jornais, vejam as revistas e televisão, internet e tudo o mais que nos invadem o nosso sagrado lar( Quem disse que ele é sagrado também foi Deus), inclusive sem pedir licença e nem permissão, com fotos, reportagens, filmes, e tudo o mais abordando e fazendo apologia do tema que estamos falando. As fotos não negam e nem os discursos e reportagens que iremos anexar a esse artigo em todos os blogs que alimentamos.

Mas voltemos ao “Crescei e multiplicai-vos”, que no meu entender não é apenas uma advertência, mas é uma ordem é determinação de Deus, e eu quero cumpri-la e honrar. Lindas personagens, lindos pares, belos casais(duplas) – casais é quem casa e cumpre a ordem de Deus de “Crescei e multiplicai-vos”- desfilam diuturnamente pelos meios de comunicação se exibindo e às vezes em tom de profecias enchem o peito e proclamam suas verdades, que pelo que se ouve e percebe não são as verdades de Deus.

Digressão: O dicionário diz:

http://www.dicionarioinformal.com.br/casal/


Por Adelson Mendes de Assis (SP) em 27-02-2008

S..m.(o)
1. Par composto de macho e fêmea (animais) ou de mulher e homem (pessoas).

BELO CASAL
(Mendes de Assis)

Olha.
Que legal!
Formamos um belo casal!

Há quem diga que "somos impuros."
Você nova, eu velho.
"Amor banal, promíscuo, interesseiro"
Não ligamos.
Não faz mal.
Amamos.
Formamos um belo casal.

A finalidade do acasalamento do casal é a procriação, a reprodução animal, o que somos também, e o atendimento ao chamado de Deus pela multiplicação, a qual tem o sentido e a finalidade de fazer com que ao Planeta Terra cheguem todos aqueles irmãos Espíritos, necessitados e carentes da misericórdia e caridade divinas, para que nessa jornada das reencarnações possam ter a oportunidade e a chance de repararem seus erros de vidas passadas e acertar arestas criadas em outra tantas vidas com os seus semelhantes, e que nessa vida possam fazer reajustes e acertos de contas com seus afetos e desafetos.

Nada do que vemos e ouvimos pelos quatro cantos do Planeta Terra, prega isso, defende e exalta essas verdades que não são minhas, mas que são de Deus. Ou não!?... Fiquem à vontade para discordar de mim, de mim não, de Deus. Não vejo inclusive os seguimentos “religiosos” se pronunciarem sobre o fato, fazerem uma exegese bíblica do assunto e tema palpitante e corriqueiro na mídia, não vejo! E, onde estão e por que não aparecem inclusive o meu seguimento que é o Espírita. Como quem cala consente, fica difícil saber quem é quem neste contexto de idéias.

Todavia deixo a minha sugestão e a minha palavra de incentivo a todos que queiram descobrir as nuances desse universo psíquico do ser humano que está na profundeza de suas almas, que são os vórtices da sexualidade que cada um dos Espíritos carrega, criados e encaminhados por seu Criador para esse turbilhão de mundos e planetas do Cosmo, destinados a processarem as mudanças substanciais e evolutivas dos Universos. Sem esse ser humano a obra de Deus fica carente do elemento processador de toda a evolução necessária a todo e qualquer orbe planetário. Assim sendo meus Irmãos, mãos à obra – Obra de Deus – e “crescei e multiplicai” a nossa própria espécie.

Rio, 01/12/2013

Emmanuel Avelino.

sábado, 23 de novembro de 2013

JESUS




Retrato de Jesus feito por Públio Lêntulo Cornélio




SÓ PELO AMOR SERÁ SALVO O HOMEM

 

 


  Publius Lentulus Cornelius



Referências na Doutrina Espírita

Para os adeptos da Doutrina Espírita há o relato constante do livro Há dois mil anos escrito através da psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo autor espiritual Emmanuel. Nesta obra mediúnica, é narrado com detalhes os principais fatos da vida de Publius Lentulus Cornelius (ou ainda na forma aportuguesada Públio Lêntulo Cornélio), que teria sido uma das reencarnações do próprio Emmanuel. Há passagens descrevendo seu encontro com Jesus, onde o Cristo intercede pela cura de sua filha, que contraíra lepra. Sua esposa Lívia, dama patrícia, tornara-se cristã. Lentulus também teria tido papel importante no julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos. Ainda de acordo o relato na obra, Publius Lentulus teria sido a reencarnação do seu bisavô Publius Cornelius Lentulus Sura.
Atribui-se a tal personagem, um relato com as características físicas e da personalidade de Jesus Cristo, o qual não está presente no romance citado.2







 

domingo, 20 de outubro de 2013

LIVRO DA ESPERANÇA




Culto Espírita


                       "Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas:                                      não os vim destruir, mas cumprí-los."
Jesus  -  Mateus, 5:17
 
"Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumprí-la",
também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã,
mas dar-lhe execução."
 
 
 
 
               O Culto Espírita, expressando veneração aos princípios evangélicos que ele mesmo restaura, apela para o íntimo de cada um, a fim de patentear-se.
 
                Ninguém precisa inquirir o modo de nobilitá-lo com mais grandeza, porque reverenciá-lo é conferir-lhe força e substância na própria vida.
 
                Mãe, aceitarás os encargos e os sacrifícios do lar, amando e auxiliando a Humanidade, no esposo e nos filhos que a Sabedoria Divina te confiou.
 
               Dirigente, honrarás os dirigidos.
 
 
               Legislador, não farás da autoridade instrumento de opressão.
 
               Adminsitrador, respeitarás a posse e o dinheiro, empregando-lhes os recursos no bem de todos, com o devido discernimento.
 
               Mestre, ensinarás construindo.
 
               Pensador, não torcerás as convicções que te enobrecem.
 
               Cientistas, descortinarás caminhos novos, sem degradar a inteligência.
 
               Médico, viverás na dignidade da profissão sem negociar com as dores dos semelhantes.
 
               Magistrado, sustentarás a justiça.
 
               Advogado, preservarás o direito.
 
               Escritor, não molharás a pena no lodo da viciação, nem no veneno da injúria.
 
               Poeta, converterás a inspiração em fonte de luz.
 
               Orador, cultivarás a verdade.
 
               Artista, exaltarás o gênio e a sensibilidade sem corrompê-los.
 
               Chefe, serás humano e generoso, sem fugir à imparcialidade e à razão.
 
               Operário, não furtarás o tempo, envilecendo a tarefa.
 
               Lavrador, protegerás a terra.
 
               Comerciante, não incentivarás a fome ou o desconforto, a pretexto do lucro.
 
               Exator, aplicarás os regulamentos com equidade.
 
               Médium, serás sincero e leal aos compromissos que abraças, evitando perverter os talentos  do plano espiritual  no profissionalismo religioso.
 
               O culto espírita possui um templo vivo em cada consciência na esfera de todos aqueles que lhe esposam as instruções, de conformidade com o ensino de Jesus: " O reino de Deus está dentro de vós" e toda a sua teologia se resume na definição de Evangelho: "a cada um por suas obras".
 
               À vista disso, prescindindo  de convenção e pragmática, temos nele o caminho libertador da alma, educando-nos raciocínio e sentimento, para que possamos servir na construção do mundo melhor.
 
Pelo Espírito de Emmanuel

domingo, 13 de outubro de 2013

CRISTIANISMO ESPÍRITA

 
 
 
 
CRISTIANISMO  ESPÍRITA
 
 
( Estudo comparado entre princípios Cristãs e Espíritas)
 
 
Espiritismo x Cristianismo... Semelhanças e dessemelhanças
 
 
Seria apenas para estes "escolhidos", o restante da humanidade não teria este direito. Ora um dos princípios básicos do Direito Humano é que todos são iguais perante a Lei, com o que todos nós concordamos por acharmos muito justo. Se  nós sabemos que a justiça divina é muito superior à humana, então por que admitimos que ela possa não dar a todos indistintamente as mesmas oportunidades? Será que ainda continuaremos a agir como os hebreus de outrora, que se consideravam "o povo eleito de Deus", que na sua completa ignorância achavam isto justo?
 
Mas como todos nós temos o mesmo ponto de partida, simples e ignorantes, que ao passarmos pelos ciclos de evolução, adquirimos a sabedoria, o conhecimento ou a genialidade através das várias oportunidades que Deus dá a cada um de nós, quando nos sujeita à Lei da Reencarnação. É a única explicação racional e lógica que podemos dar para a genialidade das pessoas que há pouco relacionamos.
 
           Segundo o próprio espiritismo, existe ainda uma norma fácil e bem clara de como devemos distinguir os bons dos maus espíritos.
 
            "Distinguir os bons dos maus Espíritos é extremamente fácil. Os Espíritos superiores usam constantemente de linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, escoimada de qualquer paixão inferior; a mais pura sabedoria lhes transparece dos conselhos que objetivam sempre o nosso melhoramento e o bem da Humanidade". (Livro dos Espíritos - 57a Ed. - Introdução - Item VI - Pág. 26).
 
Não somos os únicos a dizer ser fácil distinguir os bons dos maus espíritos, encontramos como devemos proceder na própria Bíblia, vejamos em 1 João 4, 1: Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito. Examinai primeiro se os espíritos são de Deus, (...), combinada com Mateus 7, 17-18: Assim, pois, toda árvore boa dá bons frutos e a árvore má dá maus frutos. Não pode a árvore boa dar maus frutos nem a árvore má dar bons frutos. Seguindo estas orientações não há como errar.
 
            Entretanto, o espiritismo se contradiz( esclarece), quando mostra em outro livro que os espíritos podem falsificar linguagens e assinaturas, e até mesmo imitar o próprio Cristo.
 
            "Há falsários no mundo dos Espíritos, como os há neste. Aí não se tem, pois, mais do que uma presunção de identidade, que só adquire valor pelas circunstâncias que a acompanhem. O mesmo ocorre com todos os sinais materiais, que algumas pessoas têm como talismãs inimitáveis para os Espíritos mentirosos. Para os que ousam perjurar o nome de Deus, ou falsificar uma assinatura, nenhum sinal material pode oferecer obstáculo maior. A melhor de todas as provas de identidade está na linguagem e nas circunstâncias fortuitas".
 
            "261. Dir-se-á, sem dúvida, que, se um Espírito pode imitar uma assinatura, também pode perfeitamente imitar a linguagem. É exato; alguns temos visto tomar atrevidamente o nome do Cristo e, para impingirem a mistificação, simulavam o estilo evangélico e pronunciavam a torto e a direito estas bem conhecidas palavras: Em verdade, em verdade vos digo". (Livro dos Médiuns - 29a Ed. - Cap. XXIV - Da Identidade dos Espíritos - Perguntas 260 e 261 - Pág. 273).
 
A contradição não é nossa, mas dos que leram Allan Kardec e não entenderam nada. Ora, somente existiria contradição se a afirmação dele fosse de que apenas se manifestam os espíritos superiores. Mas Allan Kardec já nos alertava que teríamos de distinguir os bons dos maus espíritos, tal como previu Jesus conforme podemos encontrar em Mateus 24, 23-24: (...) porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas (...).
 
Allan Kardec ao mostrar a falsificação de alguns espíritos estava confirmando o que tinha dito sobre a possibilidade de manifestação de bons ou maus espíritos. E conforme já previa Jesus, também apareceram os falsos Cristos nas manifestações espirituais.
 
            Ficam então as perguntas:
 
            .- Quem é o Jesus para o espiritismo, se um falso espírito pode imitá-lo?
 
Quanto à pergunta quem é Jesus para o Espiritismo, vamos responder, mas usaremos as próprias palavras dos Espíritos a Allan Kardec, retiradas do Livro dos Espíritos:
 
Pergunta:” 625: Qual  o tipo mais perfeito que Deus tem  oferecido  ao homem, para lhe servir de guia e modelo? Resposta:  Jesus.”
 
Allan Kardec fez o seguinte comentário a esta questão: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque sendo ele o mais  puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.”
 
 “Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.”
 
 
Jesus é para o homem o modelo da perfeição moral que a Humanidade pode pretender sobre a Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão da sua lei, porque ele estava animado de espírito divino e foi o ser mais puro que apareceu sobre a Terra.
 
Se algum espírito pode imitá-lo? Responderá o próprio Jesus: Então se alguém vos disser: ‘Aqui está o Cristo’ ou ‘acolá’, não lhes deis crédito, porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e praticarão grandes sinais e prodígios, para enganarem, se possível fora, os próprios eleitos (Mateus 24, 23-24). Repetimos esta passagem para que não persista mais dúvida alguma, entretanto devemos ressaltar que mesmo querendo imitar a Jesus não será possível enganar "os próprios eleitos". 
 
Mas ao que parece não houve nenhuma preocupação do autor, dos textos citados, em estudar o Espiritismo, tinha apenas em mente encontrar neles alguma coisa que pudesse ser utilizada contra a própria Doutrina, tal e qual fizeram os fariseus com Jesus, conforme narra Mateus 22, 15: (...) entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras, fosse o contrário, ele mesmo teria condições de responder a segunda parte da sua pergunta, principalmente se tivesse estudado o item 261 além do ponto que parou. Assim a seqüência deste trecho é: mas quando se estudou o conjunto, sem prevenção; quando se esquadrinhou o fundo do pensamento, a importância das expressões; quando ao lado de belas máximas de caridade se viram recomendações pueris e ridículas, fora preciso estar fascinado para iludir-se.
    
 
 
Sim, certas partes da forma material da linguagem podem ser imitadas, mas não o pensamento; jamais a ignorância imitará o verdadeiro saber, e jamais o vício imitará a verdadeira virtude; sempre, em alguma parte, aparecerá o seu verdadeiro caráter, (...).
 
            - Como ter certeza de que uma mensagem (falada ou escrita) do seu parente já falecido é verdadeira?
 
Não temos a mínima preocupação em provar nada para ninguém, quem estiver atrás de provas que procure até um perito em grafoscopia se for o caso. Numa mensagem a parentes são eles que poderão saber. E normalmente o sabem; pela linguagem, pela riqueza de detalhes e informações bem particulares que poucos conheciam, muitas vezes é citado nome de parente desencarnado que não era do conhecimento do espírito autor da mensagem, em alguns casos os próprios familiares também não sabem quem é. Enfim, tudo isso poderá levar o receptor da mensagem a saber se o autor é realmente quem diz ser.
 
            O que diz o Cristianismo?
 
            Diz que Deus fez primeiro o corpo e só então lhe deu o sopro da vida, que é o espírito.(Gênesis 2:7 e Zacarias 12:1)
 
            A Bíblia do Cristianismo afirma ainda que o aperfeiçoamento do espírito se dá quando alguém aceita Jesus Cristo com único e suficiente Salvador, e que isso pode acontecer numa única vida, sem a necessidade de várias reencarnações. (Filipenses 1:6 e Hebreus 10:14).
 
Se o nosso espírito fosse criado após o corpo físico como podemos interpretar esta passagem: Jeremias 1, 5; Antes mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que nascesses, eu te consagrei e te constituí profeta para as nações. Não é claro a preexistência da alma? Vejam também esta idéia em Sabedoria 8, 19-20: Fui criança bem dotada e recebera, como quinhão, uma alma boa. Ou antes, como era bom, vim a um corpo sem mancha; e em Jó 8, 9: Porque nós somos de ontem, e nada sabemos (...).
 
Já falamos em outra oportunidade que se Deus criasse os espíritos depois do corpo físico estaria se sujeitando ao ser humano, ou seja, só poderia criar um espírito se um casal resolvesse ter um bebê. É um absurdo tal coisa.
 
Suponhamos que as passagens seguintes sejam como querem interpretá-las: Filipenses 1, 6: Estou persuadido de que aquele que entre vós iniciou a boa obra há de completá-la até o dia de Cristo Jesus; e Hebreus 10, 14: Com uma só oblação levou à perfeição definitiva os santificados. Se for realmente isso, como fica o "a cada um segundo suas obras" dito por Jesus? Ficaremos com Paulo ou com Jesus? Quem é o Mestre?
 
Por outro lado, se Jesus nos manda: Sede perfeitos, assim como o Pai celeste é perfeito ( Mateus 5, 48) é porque podemos atingir a mais alta perfeição, não é mesmo? Ora, pela violência, pelos crimes e vícios que ainda acontecem na humanidade, podemos afirmar que longe está o homem desta meta, assim pergunto: poderá numa só vida chegar à perfeição do Pai Celestial? Mesmo aqueles, a quem chamamos de santos seriam pouquíssimos na Terra, assim a esmagadora maioria não terá a perfeição que fala Jesus. Estão mais para inferno do que para o céu, não é mesmo?
 
Concluindo, iremos deixar Kardec falar na explicação que coloca da pergunta 625, do Livro dos Espíritos, que comentamos um pouco atrás: Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus, algumas vezes a extraviaram por meio de falsos princípios, foi por se deixarem dominar, eles mesmos, por sentimentos muito terrestre e por terem confundido as leis que regem as condições da vida da alma com aquelas que regem a vida do corpo. Vários deram como leis divinas o que não eram senão leis humanas criadas para servir às paixões e dominar os homens.
 
 
 
CURANDO OS ENFERMOS
 
É interessante como tiram explicações totalmente deturpadas dos princípios do Espiritismo, que conforme julgam pouco tem a ver com o que realmente temos por base filosófica.
 
Aos textos, então:
 
            O que diz o espiritismo?
 
            Aceita algumas doenças como sendo um débito de vidas passadas. A cura tem limites. As doenças de origem humana podem ser curadas, já as de origem espiritual são na maioria das vezes incuráveis, dependendo do débito.
 
            Alguns exemplos aceitos pelo espiritismo.
 
            Uma pessoa que nasce sem as mãos, escolheu vir assim nesta encarnação, pois em vidas passadas usou as mãos para prejudicar a evolução de outros espíritos (assassinatos, roubos, etc).
 
            Da mesma forma, uma pessoa que nasce cega ou aleijada, está "pagando" um débito de vidas passadas.
 
Monteiro Lobato já dizia: "O meio de combater uma idéia é lançar ao seu encontro uma melhor", assim gostaria de saber se a condenação ao fogo do inferno seria uma idéia melhor que a da reencarnação, onde teremos várias oportunidades de nos redimirmos perante a justiça divina.
 
Tal princípio vem coadunar com os ensinamentos:
 
1 - "quem toma da espada, pela espada morrerá" (Mateus 26, 52) – é a Lei de causa e efeito, comumente "carma". Dito em outras palavras quer dizer que sofreremos as conseqüências de todo o mal que causarmos, regra geral, o mesmo mal que fizermos ao nosso semelhante.
 
2 - "perdoar setenta vezes sete" (Mateis 18, 21-22) – o perdoar aqui significa que teremos várias oportunidades de resgate de nossos débitos, repondo aos que roubamos, amando aos que odiamos, etc.
 
3 - "a cada um segundo suas obras" (Mateus 16, 27) – – a nossa recompensa será diretamente proporcional ao que tenhamos feito de bem ou de mal, no caso do mal nunca poderá exceder ao que fizemos aos outros.
 
4 – "sede perfeitos, portanto, como o Pai Celeste é perfeito" (Mateus 5, 48) – não há a mínima possibilidade de numa só vida nos tornarmos perfeito como o Pai Celeste, assim é necessário que tenhamos outras oportunidades para conseguirmos atingir tal objetivo.
 
5 - "porque a caridade cobre a multidão de pecados" (1 Pedro 4,  – outra alternativa para quitarmos nossos débitos.
 
6 – "necessário vos é nascer de novo" (João 3, 7) – é nitidamente a reencarnação, pois é através dela que todos os ensinamentos anteriores se cumprirão.
 
O que a Doutrina Espírita afirma é que todas as nossas dores e sofrimentos têm como causa a nossa própria imprevidência. Suas origens podem estar nesta ou em vidas passadas. Assim todas as nossas enfermidades são de origem humana. Para a cura de nossos males, teremos que estar bem "afinados" com "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles" (Mateus 7, 12), ou seja, praticar o amor ao próximo como a nós mesmos, desta forma, via de conseqüência, estaremos nos harmonizando perante a justiça divina. Assim se não for por amor, nossos débitos serão pagos pela dor, e como nestas circunstâncias devemos "pagar até o último ceitil" (Mateus 5, 26).
 
Se, conforme pensam, o homem só tem uma vida estaremos diante de enormes injustiças. Sendo Deus infinitamente justo, gostaria que alguém explicasse a lógica da justiça divina nestas situações: Por que uns nascem aleijados e outros não? Por que uns possuem riqueza e outros estão na mais completa miséria? Por que uns são inteligentes, outros não? Por que uns nascem brancos, outros pretos, para serem discriminados? Por que uns nascem na Suíça outros na Nigéria? Por que uns conseguem tudo facilmente e outros apesar de lutarem muito nada conseguem? Por que uns nascem com um determinado "dom", outros nenhum possuem? Por que uns nascem nas favelas onde o meio contribui para torná-los uns criminosos, enquanto outros nascem nos palácios? Paremos aqui, pois tais questionamentos parecem não ter fim. Em todas essas situações como aplicar o "a cada um segundo as suas obras"? No mais não podemos aceitar como explicação o tal do "mistério de Deus". Só queremos saber em que lógica se baseiam para justificar tamanhas disparidades entre os seres humanos. Nós a temos, chama-se: REENCARNAÇÃO.
 
            O que diz o Cristianismo?
 
            "É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades,..." Salmos 103:3.
 
            Partindo desse princípio bíblico, até mesmo débitos (pecados) de vidas passadas seriam perdoados, se existissem, é claro.
 
O que quer dizer Cristianismo senão os ensinos de Jesus? Ora o que acabam de colocar nada tem a ver com Ele, pois não foi dito por Jesus. Mas de qualquer forma não deixa de estar certo. O erro está na interpretação que querem dar, pois o perdão está condicionado ao pagamento ou à reparação do erro. Não existe justiça alguma se não for assim. Vejamos, por exemplo: Um homem, por um motivo qualquer, mata um seu vizinho. A polícia o prende e ele é levado a Júri Popular. Diante do Juiz e dos jurados ele se declara totalmente arrependido do que fez, promete, enfaticamente, que nunca mais fará coisa igual. Isso comove aos que têm em suas mãos o poder de julgá-lo e eles o perdoam e mandam soltá-lo. Numa situação, óbvio que absurda, mas não se esqueça que é apenas um exemplo, toda a população ficaria indignada com tanta injustiça. É certo que todos nós clamaremos "quem fez tem que pagar". Tendo este comportamento com relação à justiça humana, por que também não agiríamos assim se Deus simplesmente viesse a perdoar alguém que não tivesse quitado os seus erros?
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            Em João 9:1-3, temos os discípulos questionando Jesus sobre o porquê de um homem ter nascido cego. Eles queriam saber se era um débito de vidas passadas (pecado).
 
            Jesus respondeu. Ninguém pecou, nem ele nem seus pais. O motivo da cegueira de nascença não era pecado ou coisa semelhante, mas era para que nele fosse manifestado o Poder de Deus. Jesus abriu os olhos do cego e ele voltou a enxergar.
 
Um fato aqui que nunca é ressaltado é que se os discípulos perguntaram a Jesus se a cegueira daquele homem era por causa de seus pecados, é porque sem nenhuma dúvida admitiam que a doença de alguém poderia ter causa em vida anterior, pois não existe lógica alguma se não fosse assim, pois tal homem era cego de nascença.
 
Quanto à resposta de Jesus devemos procurar entendê-la, buscando o sentido mais profundo que traz o texto. Ora, temos que convir que Jesus antes de encarnar no orbe, já tinha mantido contado com todos aqueles que iriam auxiliá-lo em sua missão. Observem que os discípulos ao seu simples chamado largaram tudo para seguí-lo, pois naquele gesto se lembraram dos compromissos assumidos com o Mestre. Este cego de nascença era um deles. Vejam porque assim pensamos.
 
Primeiramente, pela própria resposta de Jesus de que ele não tinha pecado, mas que era para que nele fosse manifestado o Poder de Deus. Ou seja, foi um instrumento de Deus para que Jesus pudesse através de sua cura despertar o povo para as coisas divinas. Devemos observar que como naquela época, nos dias de hoje muitos só se convertem a custa de "milagres".
 
Na seqüência desta narrativa é que iremos encontrar o outro motivo em que nos apoiamos.
 
João 9, 13-41: Levaram o cego à presença dos fariseus. Pois era um sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Os fariseus perguntaram novamente ao cego, como recuperara a vista. Ele lhes respondeu: "Ele me pôs lodo nos olhos, eu me lavei e vejo". Comentaram então alguns dos fariseus: "Este homem não pode vir de Deus, pois não guarda o sábado". Outros diziam: "Mas como um homem pecador pode fazer tais sinais?" E havia desacordo entre eles. Outra vez dirigiram a palavra ao cego: "O que dizes daquele que te abriu os olhos?" Ele respondeu: "É um profeta". Os judeus já não queriam admitir que o homem tivesse sido cego e recobrado a vista. Por isso chamaram os pais dele e os interrogaram: "Este é vosso filho? Afirmais que nasceu cego? Mas então como é que agora vê?" Os pais responderam: "Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. Não sabemos como agora vê ou quem lhe abriu os olhos. Perguntai-lhe, ele já tem idade de falar de si próprio". Os pais falaram assim porque temiam os judeus. É que tinham ameaçado expulsar da sinagoga quem reconhecesse Jesus como Cristo. Foi por isso que os pais disseram: "Perguntai-lhe, ele já tem idade". Tornaram a chamar o homem, que fora cego, dizendo: "Dá glória a Deus. Nós sabemos que aquele homem é pecador". Desse-lhes o cego: "Se é homem pecador, não sei. Sei apenas que antes eu era cego e agora estou vendo". Perguntaram-lhe mais uma vez: "O que foi que te fez? Como te abriu os olhos?" Respondeu-lhes: "Eu já vos disse e não me destes ouvidos. Por que quereis tornar a ouvir? Porventura também vós quereis tornar-vos seus discípulos?" Entre insultos, disseram: "Tu és discípulo dele, nós somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés. Quanto a este, não sabemos de onde vem". Respondeu-lhe o homem, dizendo: "É de admirar que não saibais donde ele vem, mesmo tendo-me aberto os olhos. Sabemos que Deus não ouve os pecadores mas escuta a quem é piedoso e lhe faz a vontade. Jamais se ouviu dizer que alguém haja aberto os olhos a um cego de nascença. Se este homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada". Responderam e lhe disseram: "Tu nasceste todo em pecado e nos vens ensinar?" E o expulsaram. Jesus soube que o haviam expulsado e, encontrando-o, perguntou: "Crês no Filho do homem?" Respondeu ele: "Quem é ele, Senhor, para crer nele?" Disse-lhe Jesus: "Tu o vês, é quem fala contigo". "Creio, Senhor", disse ele, e prostrou-se diante dele. Jesus disse: "Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não vêem vejam e os que vêem tornem-se cegos". Alguns dos fariseus presentes ouviram e perguntaram: "Por acaso também nós somos cegos?" Disse-lhes Jesus: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas agora dizei: ‘vemos’, e o pecado subsiste".
 
Agora sim podemos ver qual foi a missão do cego. Com que coragem enfrentou os temidos fariseus. Sua sabedoria nas respostas dadas a estes intransigentes. Mesmo colocando bem claro que era Jesus um profeta enviado por Deus, eles não o aceitaram. Depois disso é que iremos entender o que Jesus quis dizer com: Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultastes estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos (Mateus 11, 25).
 
Outras lições poderemos tirar desta passagem:
 
 
- Pois era um sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.- hoje com relação ao Espiritismo ficam apegados à legislação de Moisés (proibição da comunicação com os mortos) a mesma que não permitia curar aos sábados coisa que Jesus fazia.
 
- Não queriam admitir que o homem tivesse sido cego e recobrado a vista – hoje mesmo com tantas provas da comunicação com os mortos não querem admitir e quanto à reencarnação apesar de Jesus ter dito de forma tão clara não tem "ouvidos de ouvir".
 
- É que tinham ameaçado expulsar da sinagoga quem reconhecesse Jesus como Cristo – hoje querem nos expulsar do Cristianismo porque não queremos seguir as leis de Moisés, preferimos a Cristo.
 
- Tu és discípulo dele, nós somos discípulos de Moisés – hoje é a mesma coisa, nós procurando de todas as maneiras seguir a Jesus, eles insistem em seguir a Moisés.
 
- Tu nasceste todo em pecado e nos vens ensinar – hoje o Espiritismo veio clarear os ensinamentos de Jesus, querem nos colocar como contrários a Ele.
 
Por isso tudo é que poderemos repetir as palavras de Jesus: "Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas agora dizei: ‘vemos’, e o pecado subsiste".
 
            Quanto à cura, este é um mandamento bíblico e ordenança do próprio Jesus. (Mateus 10:8, Lucas 9:1-2 e Lucas 10:9).
 
            Várias passagens bíblicas mostram exemplos de curas, feitas pelo próprio Jesus ou por outros em nome Dele.
 
            Em Atos 3:1-8, os Apóstolos Pedro e João subiam ao Templo, onde existia na entrada um homem aleijado desde o ventre de sua mãe. Então, quando o homem aleijado pediu esmola, Pedro e João disseram que não tinham nada de material, porém ordenaram, em nome de Jesus, que o homem levantasse e andasse. O homem aleijado foi curado imediatamente.
 
            Jesus Cristo levou sobre Si todas as nossas enfermidades (Isaías 53:4-5).
 
Não será a Doutrina Espírita que irá contradizer as curas que Jesus fez. Todos os que Jesus curou ou já tinham quitado os seus carmas, ou vieram com a missão de ajudá-lo, pois não admitimos curas "por simples graça".
 
Entretanto o que acontece com essa gente? Também dentro do Espiritismo existem várias curas operadas em nome de Jesus, só que não as aceitam, porque não "rezamos pela mesma Bíblia" (deles).
 
A substancial diferença é que não nos preocupamos tanto com a cura do corpo, a nossa missão é curar os enfermos da alma (espírito). Na primeira situação, a cura poderá ser temporária, entretanto na segunda, é definitiva. Também não fazemos nenhuma apologia das curas que fazemos e nunca prometemos curar ninguém, visto não a fazemos de nós mesmos, senão pela vontade de Deus.
 
Reunião Mediúnica na Bíblia
 
Temos hoje na Internet vários sites que buscam combater o Espiritismo. Não é de se espantar, pois que a maioria de nós ainda não coloca em pratica os ensinamentos de Jesus. Se formos pesquisar no Novo Testamento não encontraremos em lugar algum Jesus condenando a quem quer que seja, até mesmo uma prostituta, execrada naquele tempo, não recebeu dele qualquer tipo de censura. Não o vemos também combater a qualquer filosofia religiosa. O que procurava condenar, e com muita veemência, era a hipocrisia dos fariseus. Mandou-nos amar até mesmo os nossos inimigos.
 
Diz que só devemos fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam, ficando, portanto, claro que ele era um homem que só pregava o amor e a paz entre os homens. Então, porquê alguns ainda insistem em querer condenar a religião dos outros?
 
O direito de cada um ter sua crença religiosa está convencionado na Constituição Brasileira, consagrando ao indivíduo plena liberdade de culto e expressão religiosa. Mas não obstante isso tudo ainda temos os "donos da verdade" que de Bíblia em punho vivem a espalhar o sectarismo e o ódio entre os homens. Deveriam isto sim, buscar seguir pelo menos um dos ensinamentos de Jesus, citado por Mateus 10, 24: "O discípulo não está acima do mestre nem o escravo acima do patrão".
 
O mais interessante nisso tudo é que querem de qualquer forma fazer com que os outros pensem como eles, esquecendo-se de seguir o que consta em sua própria Bíblia, na recomendação de Paulo em sua Carta aos Romanos, capítulo 14, versículo 22: "A convicção, que tens, guarda para ti mesmo diante de Deus".
 
Vamos agora ver o que colocaram neste site a respeito da sessão mediúnica narrada em 1 Samuel 28, 7-20:
 
            Título: Comentando I Samuel 28
 
            O que diz o espiritismo?
 
            Vários espíritas afirmam que o texto de I Samuel 28 relata uma sessão mediúnica genuína, onde o Rei Saul consulta o falecido profeta Samuel através da médium de En-Dor.
 
É realmente uma sessão mediúnica, muito embora não é a do tipo que fazemos, pois não evocamos os espíritos para coisas tão frívolas como é o caso aqui narrado. Para as pessoas que não entendem nada de mediunidade, e principalmente para os fanáticos religiosos, não ter isso como uma manifestação espiritual é fácil entendermos, pois a falta de conhecimento ou o próprio fanatismo os deixam cegos; os fanáticos então, só enxergam o que querem, não adianta qualquer diálogo com eles, nada os fará compreender o que estamos querendo dizer.
 
E se entendessem um pouquinho mais da Bíblia iriam ver que quando faziam uma consulta a Deus era de uma maneira tão ridícula que nem mesmo nós fazemos, como iremos provar um pouco mais à frente.
 
 
           O que diz o Cristianismo?
 
            A situação de Saul:
 
            No versículo 6, Saul busca a orientação de Deus, pois os Filisteus estavam prestes a invadir Israel. Contudo, Deus não respondeu a Saul porque ele tinha se desviado do Seu caminho e conseqüentemente perdido a Sua graça (I Samuel 15:19 e 23).
 
Vamos colocar o versículo 6, para sabermos quais eram os meios utilizados por Saul para consultar a Deus: "Consultou Saul o Senhor, porém este não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas".
 
Assim percebemos que as consultas foram realizadas por sonhos, urim e por profetas, estes são os que manejavam as sortes sagradas, que nada mais eram que dois dados coloridos urim e tumim, conforme veremos adiante. Devemos ressaltar que o fato principal não é tocado, ou seja, por qual motivo Saul queria consultar a Deus. Era porque os Filisteus estavam prestes a invadir Israel e Saul queria saber o que lhe aconteceria. Consultas como essas não fazemos a nenhum espírito. Muito embora saibamos que outras correntes religiosas as praticam, mas de qualquer forma é problema deles com Deus, não temos nada a ver com isso.
 
Para entendermos o que se diz de Saul ter desviado do caminho, teremos que recorrer ao Cap. 15, versículos 2-3, onde segundo o relato bíblico Deus diz a Saul: "Assim fala o Senhor Todo-poderoso: Tenho observado o que Amalec fez a Israel, pois lhe barrou o caminho, ao sair do Egito. Portanto põe-te em marcha e massacra Amalec! Vota ao extermínio tudo o que lhe pertence, sem poupá-lo. Matarás tanto homens como mulheres, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos". Mas, ao invés de cumprir rigorosamente esta "ordem divina", Saul fez o seguinte, conforme narrado nos versículos 8-9: Prendeu vivo a Agag, rei de Amalec, e votou ao extermínio todo o povo, passando-o ao fio de espada. Entretanto Saul e a tropa pouparam a Agag e as melhores reses do gado miúdo e vacum, as reses gordas e os cabritos, em uma palavra, tudo quanto era de valor, e não quiseram votá-lo ao extermínio; só o gado sem valor e o refugo o submeteram ao extermínio". Nos versículos 10-11, é relatada a indignação divina: "Estou arrependido de ter feito rei a Saul, porque se afastou de mim e não cumpriu minhas ordens".
 
A que ponto chega a ignorância humana, admitir que Deus tenha mandado matar além dos soldados, as mulheres, os meninos e crianças de peito até mesmo os animais. Esqueceram que um dos dez mandamentos é justamente Não Matarás. Mais ainda, por que matar os inocentes, como as mulheres, crianças e animais? A atitude divina é vingativa, pois manda matar a um povo (Amalec) só porque ele tinha barrado o caminho do povo hebreu quando estava saindo do Egito. Onde fica, então, o "perdoar setenta vezes sete"? Mais ainda, Deus se arrependendo de algo que tenha feito? Apesar de constar da Bíblia, é absurdo em cima de absurdo, sendo apenas real para os que ainda não compreenderam o que é Deus. Se o cristianismo diz assim, nós os espíritas não. Sabemos ser Deus infinito em todos os seus atributos: é imutável, é imaterial, é único, é todo-poderoso é soberanamente justo e bom.
 
            Qual deveria ser a atitude de Saul:
 
            Nesse caso, a própria Bíblia nos orienta como agir. Arrepender-se (Atos 8:22), pedir perdão (I João 1:9) e esperar com paciência a bênção de Deus (Salmos 40:1).
 
Sendo essas as formas de Saul agir, poderemos afirmar que lhe seria impossível seguir tais orientações, porque elas foram escritas muito depois desse episódio. Arrepender-se ou pedir perdão a Deus por não ter matado a Agag e o gado de valor? É isso que querem como atitude de Saul? Não compreendem que é inconcebível esta afirmativa.
 
            Qual foi a atitude de Saul:
 
            Saul não recebendo a resposta de Deus, buscou uma alternativa para a sua aflição. A sua atitude foi de procurar uma médium para se aconselhar com o falecido profeta Samuel. Vamos mostrar que a própria Bíblia afirma que esse acontecimento mediúnico se tratava de uma farsa.
 
Saul, preocupado com a situação em que se encontrava diante do exército dos filisteus, queria a qualquer custo saber o que lhe aconteceria naquela guerra. Antes de ir consultar a pitonisa de En-dor, fez o que era costume da época: consultou ao Senhor. Mas, o que não se preocupam em ressaltar é como eram feitas estas consultas. Já falamos anteriormente (versículo 6), como eram feitas tais consultas. Vamos recorrer ao dicionário Bíblico Universal, lá encontramos as palavras urim e tumim, cujo significado é: Palavras de sentido incerto: designam uma técnica divinatória que consiste em tirar a sorte várias vezes, usando duas pedrinhas ou bastõezinhos ou algum objeto semelhante. Um dos objetos trazia a primeira letra do alfabeto, o alef, inicial de urim, e o outro a última letra, o tau (cf. Ez 9,4), inicial de tumim? Pode-se imaginar isso. O modo como funcionava aparece em 1 Sm 13, 41-42, corrigido segundo o grego: "Saul disse: ‘Se a culpa está em mim... o Senhor... faça dar urim; se a culpa está em Israel, que dê tumim!’ Saul... foi designado. Saul disse: ‘Lançai a sorte sobre mim e meu filho Jônatas!’, e a sorte caiu em Jônatas". Trata-se portanto de uma resposta por sim ou não, que vai progredindo por precisões sucessivas (cf. 1 Sm 23, 9-12) A operação poderia durar muito tempo (1 Sm 14, 18-19, corrigido segundo o grego). Acontecia às vezes que o oráculo se recusava a responder (1 Sm 14, 37, 28, 6). Sem dúvida, quando não saía nada ou quando os dois resultados saíam ao mesmo tempo. A manipulação das sortes era confiada ao sacerdote Eleazar (Nm 27, 21) ou à tribo de Levi (Dt 33, . Depois do reinado de Davi só se encontra uma menção (Esd 2, 63 = Ne 7, 65).
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Para que fique mais claro ainda, retiramos da nota de rodapé constante do Eclesiastes 45, 10 o seguinte: O peitoral do julgamento era uma espécie de bolsa onde se guardavam os reveladores da verdade (urim e tumim), espécie de dados coloridos, pelos quais o sacerdote dava as respostas oraculares aos fiéis, em nome de Deus".
 
É essa enfim, a maneira pela qual consultavam a Deus, jogando dados coloridos, está mais para um cara ou coroa, não é mesmo? Assim, através da sorte é que Deus lhes respondia as consultas. Se a consulta a Deus era deste modo por que então não poderiam consultar a um morto? Quem sabe se a resposta não seria diferente da que foi obtida por pura sorte?
 
Quanto ao fato de afirmarem ser uma manifestação mediúnica falsa, vamos ver adiante os argumentos que dizem constar da Bíblia.
 
            A médium afirma ver um vulto subindo da terra I Samuel 28:13
 
            Tudo que vem de Deus, vem de cima Tiago 1:17, Gênesis 17:22, João 6:41, Atos 10:44, Atos 1:15, Efésios 4:9-10.
 
            O que vem de baixo, não vem de Deus Isaías 29:4, Apocalipse 13:11.
 
Normalmente afirmam que não podemos mudar nada da Bíblia, entretanto não é o que fazem, pois o termo médium, como Espírita e Espiritismo, foi criado por Allan Kardec, quando ele lança, em 18 de abril de 1.857, o Livro dos Espíritos. Desta forma nunca poderia tal termo constar da Bíblia, escrita há mais de 1.700 anos antes desse livro. É pura adulteração dos textos sagrados, para que possam incutir na cabeça dos outros que o Espiritismo é falso ou obra do demônio, etc.
 
O termo que deveria constar é necromante, que significa evocação dos mortos para fins de adivinhação, inclusive algumas traduções mantêm esse termo. Não é isso que fazemos, com absoluta certeza, ou seja, não estamos a evocá-los com objetivo de adivinhação.
 
A mediunidade é uma das faculdades humanas, todos nós a possuímos em graus que vai desde o menor ao maior. Chamamos de médium aos que possuem esta faculdade mais ostensiva, e conseguem, por a possuírem numa sensibilidade mais aguçada, a sintonia com o plano espiritual.
 
As Bíblias que pesquisamos sobre essa passagem encontramos: a) Vejo um Deus que sobe da terra; b) Estou vendo um espírito subindo das profundezas da terra, e c) vi deuses que subiam da terra, em nenhuma delas encontramos vulto, isso é somente para demonstrar que temos várias traduções da Bíblia, seria o caso de perguntarmos: qual é a verdadeira?
 
Quanto à questão do que vem de baixo, é importante colocar que antigamente se pensava que tanto os bons quanto os maus iriam para um mesmo lugar, que era denominado xeol, em grego hades., ou morada dos mortos, cConforme podemos comprovar pelo Dicionário Bíblico: XEOL (SHEOL) – É, como o céu e a terra (Ex 20, 4), uma das três partes do mundo. São as profundezas da terra (Is 14, 9; Sl 63, 10), para onde descem todos os mortos (Gn 37, 35; 1 Sm 2, 6; Sl 89,49); ninguém poderia subir daí (Jó 7, 9). Bons e maus estão misturados ali (1 Sm 28, 19), no meio de trevas densas (Jó 10, 21); com um campo de ação reduzido (Eclo 19, 10), incapazes de louvar a Deus (Is 38, 18; Sl 6, 6).em Eclesiástico 17, 27-28; Baruc 2, 17-18 e Isaías 38, 18. Assim não poderia ter o significado que querem dar.
 
Devemos também ressaltar que, naquela época, o povo era altamente supersticioso, nada compreendia da vida além túmulo, e tudo que do plano espiritual se manifestasse, era para eles um deus, daí por que em algumas traduções fala em "vi um deus que sobe". Moisés precisando manter a idéia monoteísta, proíbe a evocação dos mortos, para que o povo não viesse a adorá-los em concorrência com Deus único.
 
Aos que se encontram apegados demais aos textos da Bíblia, como acreditam ser tudo ordem divina, faremos a pergunta clássica: Se os mortos não podem se comunicar, por que então aceitam Deus proibindo algo que não pode acontecer? É, com certeza, por causa da cegueira dos fanáticos.
 
            Saul entendeu que era Samuel (I Samuel 28:14)
 
            Foi uma conclusão subjetiva de Saul, e não uma afirmação da Bíblia que era realmente Samuel Saul não estava vendo "Samuel" quando tirou essa conclusão, pois ele pediu à médium que descrevesse a figura que estava subindo da terra.
 
Voltemos a um versículo anterior para vermos se realmente este episódio não passa de subjetividade. Nos versículos 11-12, temos: Então a mulher perguntou: "A quem devo evocar?" E ele respondeu: "Evoca-me a Samuel" Mas quando a mulher avistou a Samuel, exclamou em voz alta e disse a Saul:...".
 
Usando da expressão deles, "a Bíblia diz" que: 1º - Saul pede a necromante para evocar especificamente o espírito Samuel; 2º - a mulher avistou a Samuel. Assim não tem nada de subjetivo, mas antes o texto bíblico é surpreendentemente objetivo em seu relato.
 
Não bastasse isso, voltemos a parte final do versículo 14: Então Saul reconheceu que era realmente Samuel e caiu com o rosto por terra, prostrando-se para ele, conforme Bíblia Editora Vozes, e Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou, da Bíblia Anotada. Mais uma vez a questão das traduções. Pela primeira, fica bem nítido que Saul reconheceu que era realmente Samuel, isso após a necromante ter-lhe descrito o que estava vendo, pois Saul não era vidente, somente ela.
 
Qual foi a atitude de Saul após o reconhecimento? Prostrou-se com o rosto na terra, em atitude de reverência e adoração ao "deus" Samuel; não foi o que já dissemos sobre o que pensavam, naquela época, sobre as manifestações espirituais? Vejam como as coisas perfeitamente se encaixam, não precisamos distorcer os fatos para justificarmos as coisas que acreditamos serem naturais.
 
Podemos incluir, neste ponto, a nota de rodapé da Bíblia Sagrada. Editora Vozes, 8ª Edição, constante de 1 Samuel 28, 15-19: "O narrador, embora não aprove o proceder de Saul e da mulher (v. 15), acredita que Samuel de fato apareceu e falou com Saul: isto Deus podia permitir. Logo, não é preciso pensar em manobra fraudulenta da mulher ou em intervenção diabólica. Toda a cena pinta ao vivo o abandono e desespero de Saul que está prestes a alcançar o ponto mais baixo da rejeição de Deus (15, 23-30, 35; 16, 1; 31)". Assim os fatos são confirmados pela própria Bíblia, não devemos distorcê-los à nossa conveniência, não é mesmo?
 
            O Pseudo-Samuel fez profecias a respeito do futuro de Saul (I Samuel 28:19)
 
            Toda a profecia deve ser provada. Se for cumprida, provém de Deus, caso contrário, não vem de Deus. Deuteronômio 18:22
 
Em Mateus 1, 23-23, lemos: Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta nas palavras: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, cujo nome será Emanuel, que significa; Deus conosco. A profecia de que fala é a que consta em Isaias 8, 8-10.
 
Essa profecia de Isaias não vem de Deus, pois ela não se cumpriu. O menino nasceu e não lhe deram o nome de Emanuel e sim Jesus. O nome "Jesus" vem da forma grega e latina do hebraico "Jeshua" (Josué), que significa "o Senhor é Salvação". Mesmo assim ela é citada em Mateus como uma profecia que se cumpriu, e ai como ficamos?
 
Por outro lado, na Bíblia Sagrada, Tradução do Pe. Antônio Pereira de Figueiredo, Organizada sob a direção de Jesus Ruescas, Sivadi Editorial, em Eclesiástico 46, 23, temos: "E depois disto dormiu Samuel o sono da morte, e apareceu ao rei, e lhe predisse o fim da sua vida, e saindo da terra, levantou a sua voz, profetizando o golpe, que estava para se descarregar sobre a impiedade da nação". Veja que a narrativa é cristalina quanto à realidade da manifestação de Samuel, confirmando também a questão a respeito da profecia. Entretanto sabemos que não consta de sua Bíblia esta passagem, ai então perguntamos, afinal qual é a Bíblia VERDADEIRA a Católica ou a sua? Com base em que revelação divina poderemos dizer que é a sua? "A verdade não pode existir em coisas que divergem", palavras de São Jerônimo na carta-prefácio da Vulgata.
 
            Analisando as profecias
 
            Cumpriram-se as profecias? Saul seria morto pelos Filisteus. Saul suicidou-se. I Samuel 31:4. Todo os filhos de Saul também seriam mortos. Somente três morreram. Outros permaneceram vivos, inclusive um deles se tornou rei de Israel. II Samuel 2:8 e 10 II Samuel 21:8 Saul morreria no dia seguinte. Saul morreu após vários dias.I Samuel 30: 1 13,17 II Samuel 1:1.
 
Vejamos a passagem narrada em 1 Samuel 28, 17-18, em que o espírito Samuel responde a Saul: "O Senhor cumpriu o que tinha falado por meu intermédio. O Senhor arrancou da tua mão a realeza e a deu ao teu companheiro Davi. Já que não obedeceste ao Senhor e não levaste a cabo a sua cólera ardente contra Amalec, por isso o Senhor hoje te fez isto".
 
O "pseudo-Samuel", segundo dizem, diz a Saul que o Senhor cumpriu o que tinha falado por seu intermédio, ou seja, quando ainda estava vivo. Podemos comprovar tal afirmativa em 1 Samuel 15, 26: Porém Samuel disse a Saul; Não tornarei contigo; visto que rejeitaste a palavra do Senhor, já ele te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel assim provado, fica, que apesar de não gostarem, é mesmo a aparição do espírito de Samuel que reafirma categoricamente a mesma profecia que já lhe havia dito antes quando ainda habitava um corpo físico.
 
Vamos agora à questão das profecias. Em 1 Samuel 28, 19: "O Senhor entregará contigo também a Israel nas mãos dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo. O Senhor entregará nas mãos dos filisteus também o exército de Israel".
 
A profecia diz que Saul e o povo israelense seriam entregue aos filisteus, fato confirmado. Quando diz amanhã poderia não querer, necessariamente, dizer o dia seguinte, pois também empregamos esta palavra para um tempo futuro, podendo ser próximo ou não, dentro dessa perspectiva o fato foi consumado. Por outro lado, se bem observamos as citações que nos traz dizendo ser após vários dias (I Samuel 30, 1, 13, 17: II Samuel 1, 1), veremos que tais passagens se referem aos acontecimentos ocorridos com Davi (1 Samuel 30, 1-31, todo o capítulo), que foi expulso do acampamento dos filisteus, prestes a combater Israel, por ser ele israelense. Terminadas essas, volta o texto à questão dos filisteus contra Israel, agora já no capítulo 31, versículo 1 em diante, onde retoma a seqüência dos fatos narrados quando os filisteus subiram a Jezreel, local do acampamento de Israel, cujo desfecho já conhecemos, morte dos filhos de Saul e o seu suicídio. Fatos que poderemos comprovar com as notas de rodapé constante da Bíblia Editora Vozes, que reproduzimos:
 
29, 1 – O c. 29 é a continuação de 28,2. Davi está numa situação extremamente crítica e penosa: ou atraiçoar os patrícios ou desenganar a confiança do ingênuo rei Aquis.
 
30, 1 – O c. 30 forma a continuação do c. 29, sendo também uma espécie de relato paralelo a 27, 8-12.
 
31, 1 – Depois do parêntese de 1 Sm 29-30 aqui continua o texto de 28, 4s. O interesse do relato se concentra na morte trágica de Saul e dos seus filhos, morte esta que representa o ponto mais baixo da solidão de Saul.
 
Ressaltamos, para uma melhor compreensão, que no capítulo 28, versículo 4 é relatado: "Então os filisteus se reuniram e avançaram, acampando em Sunam. Em vista disto Saul mobilizou todo Israel e pôs acampamento no Gelboé.
 Mas quando Saul avistou o acampamento dos filisteus, foi tomado de medo e seu coração tremeu fortemente. Saul consultou ao Senhor, mas ele não lhe deu resposta nem por sonhos nem por sorte e tampouco através dos profetas". A seqüência deste trecho é o que narra Saul indo à En-dor consultar a necromante, ou seja, o que estamos estudando.
 
Assim poderemos concluir, sem nenhuma dúvida, que pelo texto a morte de Saul e seus filhos aconteceu realmente no dia seguinte.
 
Vamos seguir um pouco à frente, em 1 Samuel 31, 2: "Os filisteus apertaram com Saul e seus filhos, e mataram a Jônatas, a Abinadabe e a Malquisua, filhos de Saul", em cuja nota de rodapé temos: Esta verdadeira "batalha de Waterloo" de Saul e seus filhos cumpriu a profecia de Samuel (28, 19). Essa passagem que retiramos da Bíblia Anotada, é a usada pela maioria dos evangélicos e protestantes, ou seja, é bem provável que é a mesma do autor do artigo que ora estamos contra-argumentando. Observar bem que nela consta que se cumpriu a profecia de Samuel, e não de pseudo-Samuel, citando capítulo 28, versículo 19, ou seja, justamente aquele que trata da manifestação do Espírito de Samuel fazendo a profecia em análise.
 
E a questão de amanhã tu e teus filhos estareis comigo, nessa profecia só diz que estariam mortos, não fala de que maneira que seriam mortos.
Saul, uma vez derrotado pelos filisteus, e não querendo cair vivo nas mãos deles, suicida-se, confirmando, portanto com sua morte a profecia sobre sua ida para o plano espiritual.
No texto diz "teus filhos", e não está dito que seria toda a família de Saul. Assim tudo que afirmam são conclusões que estão longe do que constam dos textos. Temos mais uma pergunta, por que Deus castiga o povo de Israel pelo erro do Rei Saul? Onde fica: "Os pais não serão mortos pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais: cada um será morto por seu próprio pecado". (Deuteronômio 24, 16).
 
            Comentários:
 
            Por tudo isso, Saul morreu afastado de Deus, por causa da sua transgressão contra Deus, e também por ter buscado uma médium para a consultar (I Crônicas 10:13).
 
            Deus proíbe terminantemente a consulta aos mortos (Deuteronômio 18:9-15, Isaías 8:19-20, Levítico 20:6).
 
            Essa ordenança feita no tempo do Velho Testamento continua valendo até os dias de hoje, pois Deus não muda de opinião (Tiago 1:17, Malaquias 3:6, Salmos 102:27, Números 23:19).
 
Conforme citações anteriores, a morte de Saul não tem nada a ver com a consulta aos mortos, é pura incoerência bíblica, pois o que consta em 1 Crônicas 10, 13 está longe dos fatos narrados anteriormente constantes da própria Bíblia. Ora não é ela, segundo dizem, isenta de qualquer erro, ou seja, tudo que ali consta é a pura verdade, então como explicar o porquê da divergência nos textos?
 
Se Deus proíbe terminantemente a consulta aos mortos por que tal proibição não consta dos dez mandamentos? Ou era apenas proibição de Moisés? Preferimos ficar com a última alternativa, até mesmo para não colocar Deus em contradição como veremos logo a seguir.
 
Quanto a essa ordenança continuar valendo até os dias de hoje, não concordamos e vamos explicar o porquê.
 
É curioso que de toda a Bíblia somente tiram sobre a comunicação com os mortos a de 1 Samuel 28, nunca os vimos dizer da outra que está narrada no Novo Testamento; essa também nós afirmamos ser uma sessão mediúnica, por Mateus 17, 1-3: "Seis dias depois, Jesus tomou a sós consigo Pedro, Tiago e João, irmão deste, transfigurou diante deles; o rosto brilhou como o sol e as roupas se tornaram brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias conversando com ele".
 
Está aí a maior prova que a comunicação com os mortos não consta de nenhuma proibição divina, pois se fosse, Jesus não teria participado dela, e mais, o próprio Moisés que diz ter Deus proibido aparece depois de morto a Jesus e seus discípulos. Para reforçar ainda mais nossos argumentos tiramos de João 14, 12: Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim, também fará as obras que faço. E fará maiores ainda do que essas, porque eu vou para o Pai. O que significa dizer que todos nós poderemos fazer tudo e até mesmo mais do que Jesus fez.
 
Quanto a Deus não mudar de opinião, não se pode comprovar pela Bíblia, senão vejamos:
 
Gênesis 6, 6: Então o Senhor arrependeu-se de ter feito o homem na terra e ficou com o coração magoado. Se houve arrependimento houve mudança de opinião. Qual a conseqüência disso? Segundo o relato bíblico, foi o dilúvio onde Deus extermina quase todos os seres viventes da terra.
 
Êxodo 20, 5-6:... Castigo a culpa dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações com os que me amam e guardam meus mandamentos, entretanto Deus se contradiz em Deuteronômio 24, 16: Os pais não serão mortos pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais: cada um será morto por seu próprio pecado.
 
Êxodo 20, 4: Não farás para ti ídolos, nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, nem embaixo, na terra, nem do que existe nas águas, debaixo da terra. Mas Deus ordena Moisés a fazer uma serpente de bronze, como consta em Números 21, 8-9: O Senhor lhe respondeu: ‘Faze uma serpente venenosa e coloca-a sobre um poste. Quem for mordido e olhar para ela, ficará curado’. Moisés fez uma serpente de bronze e a colocou sobre um poste. Será que Deus tinha se esquecido de sua determinação anterior?
 
Êxodo 20, 13: Não matarás, para mais um pouco à frente, em Êxodo 21 dizer: v.12 - Quem ferir mortalmente um homem, será punido de morte; v.15 – quem ferir o pai ou a mãe, será punido de morte; v.16 – quem seqüestrar uma pessoa, quer a tenha vendido, ou ainda se encontre em seu poder, será punido de morte; v.17 – quem amaldiçoar o pai ou a mãe será punido de morte. 
 
 
 
Será que o que consta nos dez mandamentos não tem nenhum valor? Não é bem por aí. Ao lado das leis divinas, Moisés colocou umas de caráter social e outras de litúrgico, entretanto, em ambas diz ter sido ordem divina, é o que percebemos claramente nessas determinações do capítulo 21.
 Nada mais eram que leis para regular a sociedade. A pena de morte foi o único meio que encontrou para penalizar os infratores da lei, pois estando no deserto, lhe seria impossível manter qualquer criminoso preso, por completa falta de recursos para esta empreitada, visto no deserto não existirem ao menos cadeias, construídas de alvenaria, onde pudessem colocá-los. Fica claro, para nós, a separação entre as leis que são de Deus e as que são de Moisés. A proibição de evocação dos mortos, com absoluta certeza, era uma das leis mosaicas.
 
Pergunto: por que todas as ordenanças do Velho Testamento não valem até os nossos dias como querem com a proibição da evocação dos mortos? Parece que somente buscam as que parecem apoiar os seus dogmas. Mas quanto ao Velho Testamento temos na própria Bíblia, para eles a verdade absoluta, que ele não tem mais valor senão vejamos:
 
Hebreus 8, 6-7 e 13: Mas, agora, Jesus foi encarregado de um ministério tanto mais excelente quanto melhor é a aliança da qual é mediador, sendo esta legalmente fundada sobre promessas mais excelentes. Se, na verdade, a primeira aliança tivesse sido sem falhas, não teria cabimento ser substituída por uma segunda. Dizendo: aliança nova, Deus declarou antiquada a primeira. Ora, o que se torna antiquado e envelhece está próximo a desaparecer.
 
Não bastasse esta, vemos em várias oportunidades Jesus dizer, "aprendestes o que foi dito eu, porém vos digo" (ver em Mateus 5, 17-48), para, finalmente, arrematar com: "Ninguém põe um remendo de pano novo em veste velha, porque arrancaria uma parte da veste, e o rasgão ficaria pior. Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem", conforme Mateus 9, 16-17.
 
É por isso que, o Velho Testamento não é seguido por nós, dele a única coisa que podemos seguir seria apenas os dez mandamentos, todo o restante tem somente valor histórico.
 
Como conclusão final, podemos dizer que infelizmente o homem vai ter que evoluir muito para que entenda realmente o verdadeiro significado da mensagem de Jesus, e, principalmente, para ver que o Velho Testamento só teve valor para os homens que viveram antes de sua vinda.
 
No mais, pessoalmente temos é que agradecer, pois com estes artigos estamos sendo motivados ao estudo da Bíblia, e graças à inteligência que Deus nos deu, estamos, em alguns casos, conseguindo separar o "joio do trigo".
 
MÚSICA
 
Estamos novamente diante dos argumentos contidos neste que procura obstinadamente combater o Espiritismo. Nós somos para ele uma obsessão. Neste caso o que podemos fazer? Absolutamente nada.
 
Acabamos de passar pelas comemorações da Semana Santa, época em que os cristãos se lembram dos acontecimentos ocorridos com Jesus, cujo desfecho final foi a Sua morte na cruz. Ficamos a meditar sobres estes fatos e chegamos à conclusão que se Jesus viesse novamente em carne e osso, fatalmente seria combatido sistematicamente por esses fanáticos, que se julgam os únicos donos da verdade. Talvez não fosse crucificado, mas com certeza seria "fuzilado" por aqueles que dizem seguir seus ensinamentos, a pretexto de cumprirem fielmente a Bíblia. Principalmente se Ele voltasse a afirmar sobre a preexistência do espírito, da imortalidade da alma, da reencarnação, da lei da causa e efeito, etc., visto que pelas suas distorcidas interpretações tais coisas não constam da Bíblia.
 
Não entendemos porque o tema Música foi levantado. Será que estão a nos culpar pelas músicas ridículas que vemos hoje em dia? Ora se nossas músicas não são elevadas é porque a humanidade ainda não adquiriu evolução suficiente para que pudesse produzí-las acima do nível de evolução em que se encontra. Assim a culpa, se querem achar um culpado, é da humanidade. Vejamos o pensamento de Kardec a esse respeito, conforme se pode ver no Livro Obras Póstumas:
 
"A decadência da arte, neste século, é o resultado inevitável da concentração das idéias sobre as coisas materiais, e essa concentração, a seu turno, é o resultado da ausência de toda crença na espiritualidade do ser. O século não colhe senão o que semeou. Quem semeia pedras não pode recolher frutas. As artes não sairão de seu torpor senão por uma reação para as idéias espiritualistas". (Grifo do original) Mesmo tendo citado o século XIX, ainda é válido com certeza.
 
Mas, vamos ver o que se colocou contra nós desta vez:
 
           O que diz o espiritismo?
 
            Para espiritismo a música que existe em nosso mundo chamado "mundo de prova e expiação", não passa de uma cópia do que existe no mundo espiritual.
 
            Obras Póstumas - 19a Ed. - Primeira Parte - A música celeste - Pág.173.
 
            O espiritismo diz que o que acontece no intervalo de uma existência e outra, quando o espírito que encarna possui luzes sobre um assunto qualquer, ele se apropria sem dificuldades de todas as idéias referente a esse assunto, se bem que, como homem, não se recorde da maneira por que as adquiriu.
 
            Assim se explica a facilidade que uma pessoa tem para tocar um instrumento ou de cantar, ela está despertando nada mais do que aquilo que já possuía no mundo espiritual. Assim como os poetas, músicos ou matemáticos.
 
            Porém se o médium não estiver preparado, ele vai reproduzir a partitura deformada. Suas composições refletirão seus gostos sensuais, sua leviandade, sua negligência.
 
Como já aconteceu anteriormente não são fiéis aos textos que dizem se orientar. Aqui somente consta do Livro Obras Póstumas o segundo e terceiro parágrafos.
 
 
 
Sobre o primeiro parágrafo encontramos algo no Livro Curso Básico de Espiritismo, Editora Aliança, 4ª edição página 123, onde podemos ler:
 
"Para ajudar a compreensão da matéria da aula, gostaríamos que o leitor começasse a raciocinar que tudo faz parte da natureza, tanto o "nosso" mundo, isto é, o mundo físico e visível, quanto o mundo espiritual e invisível aos olhos do corpo físico. Nada há de sobrenatural. E, mais ainda: podemos até dizer que o mundo material – o "nosso" mundo – é uma cópia bastante prejudicada do mundo espiritual. Isto quer dizer que a matriz do mundo material está no mundo espiritual. O mundo espiritual existe há mais tempo, é o mundo primitivo em termos cronológicos.
 
Na realidade, não existem diferenças marcantes, acentuadas, entre o mundo espiritual e o mundo material. Numa linguagem figurada, poderíamos até dizer que o mundo material é uma "coagulação", um adensamento, do mundo espiritual. De outra parte, o mundo espiritual é a quintessência, a sublimação, do mundo material".
 
Assim não é especificamente da música que se refere tal citação, trata-se então de falta de entendimento ou é mesmo de má-fé o que afirma?
 
O último parágrafo não conseguimos identificar de onde foi tirado. Entretanto vemos que foram misturados "alhos com bugalhos", pois se o assunto que se trata é música porque entrou com o assunto mediunidade nesta história? Ficamos sem entender onde ele quer chegar. A não ser que pense que todas as músicas produzidas são por via mediúnica. Sobre este assunto vamos ler no capítulo 11 – Inspiração e Mediunidade do Livro Sobrevivência e Comunicabilidade dos Espíritos de Hermínio C. Miranda, o seguinte:
 
"Aqueles que têm algum conhecimento da Doutrina Espírita encontrarão, com freqüência impressionante, a descrição de autênticos fatos mediúnicos ou anímicos em muitos escritores, poetas, matemáticos, cientistas, filósofos, músicos, etc. Não que se deva concluir apressadamente que toda obra artística é ditada, letra por letra, por Espíritos desencarnados, embora muitas delas o sejam de fato. Sem dúvida, porém, as grandes inspirações e intuições têm uma origem nitidamente espiritual, ainda que insuspeitada e até mesmo negada pelos intelectuais".
 
Quanto ao segundo e terceiro parágrafos somos forçados a colocá-los como constam do Livro, para que não sejam distorcidas as idéias de Kardec:
 
"O que se passou neste fato isolado, pelo espaço de alguns minutos, durante a breve excursão que o Espírito se dá no intervalo de uma existência a outra, quando o Espírito que encarna possui luzes sobre um assunto qualquer. Ele se apropria sem dificuldades de todas as idéias referentes a esse assunto, se bem que, como homem, não se recorde da maneira por que as adquiriu. Ao contrário, as idéias, para cuja assimilação ainda não se acha maduro, dificilmente lhe entram no cérebro".
 
"Assim se explica a facilidade com que certas pessoas assimilam as idéias espíritas. Em tais pessoas, essas idéias nada mais fazem que despertar as que já elas possuíam. As criaturas a que nos referimos são espíritas de nascença, como outros são poetas, músicos e matemáticos. Logo às primeiras palavras, compreendem e não necessitam de fatos materiais para se convencerem. É, não há duvidar, um sinal de adiantamento moral e de desenvolvimento espiritual".
 
É oportuno colocarmos também o que Kardec disse na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita no Livro dos Espíritos, que vem bem de encontro ao que sempre estamos a dizer dos detratores do Espiritismo:
 
"Acrescentamos que o estudo de uma doutrina, tal como a Doutrina Espírita, que nos lança de repente numa ordem de coisas tão novas e tão grandes, não pode ser feito com resultado senão por homens sérios, perseverantes, isentos de prevenções e animados de uma firme e sincera vontade de atingir um resultado. Não poderíamos dar essa qualificação àqueles que julgam, a priori, levianamente e sem ter visto tudo; que não dão aos seus estudos nem a continuidade, nem a regularidade, nem o recolhimento necessário; (...)".
 
É bem certo que o autor deste artigo que estamos a contra-argumentar não se enquadra na fala de Kardec que acabamos de mostrar, pois se fosse outra a situação ele teria colocado o que foi dito a respeito da música.
 
Na pergunta 251 do Livro dos Espíritos Kardec indaga: Os Espíritos são sensíveis à música? Resposta: - Queres falar de vossa música? O que é ela diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma idéia? Uma é para a outra o que o canto do selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os Espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os Espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.
 
Mas quanto à nossa música o que ele diz? Em Obras Póstumas encontramos:
 
"Sim, certamente, o Espiritismo abre à arte um campo novo, imenso e ainda inexplorado; e quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações, e o seu nome viverá nos séculos futuros, porque às preocupações materiais e efêmeras da vida presente, substituirá o estudo da vida futura e eterna da alma". (Grifo do original).
 
Podemos concluir disto tudo que nos casos das músicas inspiradas pelo mundo espiritual elas sempre irão refletir o grau de evolução daqueles que as estão sintonizando. Assim se queremos produzir somente músicas elevadas, procuremos primeiramente evoluir moral e espiritualmente, aí sim, estaremos sintonizados com as músicas celestiais.
 
 
 Re: Espiritismo x Cristianismo... Semelhanças e dessemelhanças
 
            O que diz o Cristianismo?
 
            - Música é a maior expressão do sentimento humano para Deus.
            - Música é a arte de combinar os sons, de acordo com as variações da altura, proporcionando a sua duração e ordenados sob as leis da estética.
            - Arte é a capacidade criadora do artista para expressar ou transmitir seus sentimentos.
 
            Para exprimirmos profundamente qualquer sentimento ou descrever por meio da música qualquer quadro da natureza, principalmente de Deus, torna-se imprescindível a participação em comum de três elementos, a saber: melodia, ritmo e harmonia.
 
            O homem pode perfeitamente criar o seu próprio estilo de música, e não tentar adaptar um estilo A ou B. O homem é a imagem e semelhança de Deus, o homem é criativo. Satanás pegou e aperfeiçoou a música, jogando coisas ocultas e subliminares para tirar a veracidade da Bíblia.
 
            Geralmente as músicas espiritualistas nas suas entre linhas mostram sempre o homem na escuridão, ao contrário da Bíblia que diz que somos luz. Mateus 5:14 fala que nós somos a luz do mundo; em João 12.46 diz "aquele que está na luz não está em trevas".
 
            Deus habita no meio dos louvores (Salmos 22.3). Dos 66 livros da Bíblia 44 livros fazem menção sobre a música.
 
            A Bíblia nos fala em I Coríntios 14:15 que devemos cantar com o espírito, mas também cantar com o entendimento. Se Deus nos adverte quanto ao cantarmos com entendimento, é porque na sua onisciência sabia que Satanás iria usar a música para levar o homem a sair dos princípios bíblicos, contrariando os mesmos.
 
            Como por exemplo, a música "We are the World" foi feita com a finalidade de angariar fundos para ajudar a Etiópia. O título da música é We are the World (Nós Somos o Mundo). A palavra de Deus diz que "nós não somos do mundo" (João 17:16) e "o meu reino não é deste mundo" (João 18:36). Na 4ª estrofe da música lemos a seguinte frase: "As God has shown us by turning stones to bread " ( como Deus nos mostrou transformando pedras em pães ).
 
            Analisando a palavra de Deus, podemos ver que a música contraria o que Jesus diz em Mateus 4. Ele não transformou pedras em pães. Quantas pessoas cantaram e ainda cantam músicas como essa!
 
            Da mesma forma que o mundo cantou "We Are the World", as pessoas cantam músicas contrariando a palavra de Deus.
 
            A música é tão importante que Paulo e Silas, quando começaram a cantar dentro da cadeia as correntes se quebraram, as portas se abriram e houve várias conversões, inclusive do carcereiro (Atos 16:25-34). A música é mais do que palavras; é a expressão dos nossos sentimentos e sensações que canalizadas para Deus realiza verdadeiros milagres.
 
Esperávamos que fossem colocadas as músicas espíritas para serem confrontadas com a Bíblia, mas não se fez nenhuma análise das músicas que são cantadas e tocadas no meio Espírita. Assim como pode dizer algo sobre as nossas músicas se não prova que elas são contrárias ao Cristianismo, como quer dar a entender o autor.
 
Da análise do texto, podemos concluir que somente deveremos produzir músicas religiosas? É a impressão com que ficamos. É puro fanatismo, só faltam dizer que deveremos viver dentro dos templos e igrejas a rezar o dia inteiro.
 
Não negamos o valor da música, mas não somos tão fanáticos que não possamos admitir que ela seja também utilizada para divertimento e prazer.
 
Já dissemos que quando citam "O que diz o Cristianismo", é apenas opinião pessoal, aqui fica bem evidenciado, pois não mostrou em nenhuma passagem da Bíblia que a música que os espíritas produzem são contrárias ao Cristianismo.
 
Apesar de sempre colocarem Deus como sendo o todo-poderoso, ele não consegue impedir as artimanhas de Satanás, que procura até através da música tirar a veracidade da Bíblia. Percebemos que para alguns Satanás tem mais poder que Deus.
 
Mas para tirar a veracidade da Bíblia, no sentido de que tudo que nela está é absolutamente verdadeiro, não necessitamos de ninguém a não ser a própria Bíblia. Se a Bíblia é exatamente a palavra de Deus ela em nenhuma hipótese pode conter uma coisa que seja incoerente, isso partindo do pressuposto que Deus tenha a perfeição infinita. E já afirmamos logo de cara NÃO ESTAMOS COM SATANÁS, estamos isto sim é com o Deus que nunca erra ou diz algo que venha a mudar sua opinião ou a se contradizer.
 
Então vejamos:

Gêneses 4, 15: O Senhor, porém, lhe disse: Assim qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o Senhor um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse. É completamente contraditório com Êxodo 21, 12: Quem ferir mortalmente um homem, será punido de morte.
 
Gêneses 6, 3: Então disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos, compare com Gêneses 9, 29: Todos os dias de Noé foram novecentos e cinqüenta anos; e morreu e mais Gêneses 25, 7: Foram os dias da vida de Abraão cento e setenta e cinco anos.
 
Em Êxodo 20, 5: Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, em contradição com Deuteronômio 24, 16, que diz: Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado.
 
Em Êxodo 21, 15: Quem ferir o pai ou a mãe, será punido de morte, e em Êxodo 21, 17: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe, será punido de morte, entre várias outras com a sentença de morte, comparem com Deuteronômio 5, 17: "Não matarás".
 
O fanático como não sabe separar na Bíblia o que é realmente de inspiração divina acaba por colocar Deus numa situação vexatória, pois O mostra inconstante, contraditório, injusto, vingativo. Para seguir a mesma linha de pensamento deles diremos que quem quer ver Deus numa situação dessas a não ser Satanás? Daí podemos concluir que todos os fanáticos estão dominados por Satanás? Não é ele também que nos induz a caluniar, perseguir, agredir, agir de má-fé? Assim da mesma forma quem age deste modo não estaria dominado por ele?
 
Conclusão
 
No desenrolar de nosso estudo, verificamos que sempre querem colocar o Espiritismo em contradição ao Cristianismo. Entretanto, pelos nossos contra-argumentos, o leitor que teve a paciência de nos acompanhar até aqui verá que não existe nada na Doutrina Espírita que seja contrário ao que Jesus ensinou. Nós podemos é não estarmos com o Cristianismo que está sendo praticado por aí, que passa de longe dos ensinamentos que recebemos do Divino Mestre.
 
Mas como poderemos saber se uma religião é cristã, sem corrermos o risco de nos enganarmos? É fácil, somente teremos que comparar os ensinos de Jesus com os princípios que pregam. Para ajudar, colocaremos alguns deles que devem ser observados por aqueles que se denominam de cristãos. São os seguintes:
 
Ensinos de Jesus (Cristianismo puro) e Perguntas conseqüentes:
 
*Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. (Mateus 5, 16)..... Sua religião prega a prática das boas obras, como sendo uma norma de conduta para com o próximo?
 
*Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão: só então, vem fazer a tua oferta. (Mateus 5, 23-24).....    É falado que mais importante para Deus é não ter nenhum adversário, pois devemos amar ao próximo como a nós mesmos?
 
*Eu, porém vos digo: Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos (maltratam e) perseguem. (Mateus 5, 44)..... É recomendado amar até os vossos inimigos, ou somente os que comungam a mesma crença religiosa com você?
 
*Não julgueis, e não sereis julgados. (Mateus 7, 1)......Têm te passado que não deves julgar os outros, ou que deves julgar os que não estão junto contigo em tua crença?
 
*Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei vós a eles. (Mateus 7, 12)....    Dizem que nunca se deve fazer aos outros aquilo que não se deseja para si mesmo, ou que somente é lícito agir assim com os de sua corrente religiosa?
 
*O discípulo não é mais que o mestre, o servidor não é mais que o patrão. (Mateus 10, 24).... Ensinam somente o que Jesus ensinou, conforme consta no Evangelho, ou existem coisas que ele nunca disse?
 
*E então recompensará a cada um segundo suas obras. (Mateus 16, 27)....Ensinaram que nosso julgamento será conforme as nossas obras, ou lhe dizem que para se salvar basta crer em Jesus ou apenas seguir a uma determinada Igreja?
 
*Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. (Mateus 18, 20).... Dizem que somente os da sua Igreja é que estão com Jesus, ou que estão todos os que reúnem em seu nome, pouco importando qual seja o rótulo religioso?
 
*Não podeis servir a Deus e a Mamon. (Mateus 6, 24)....É lhe exigido amar ao próximo como a si mesmo, ou quanto maior for a sua contribuição maior garantia terá de um lugar no céu?
 
*Ninguém põe um remendo de pano novo numa veste velha. E não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos. (Mateus 9, 16-17)....Preocupam-se apenas em seguir os ensinos de Jesus ou preferem os de Moisés, como faziam os fariseus de antigamente?
 
*Recebeste de graça, de graça dai! (Mateus 10, ....O que fazem a seu favor é feito de graça ou cobram para intermediar seu pedido junto a Deus?
 
*Assim como o Filho do homem veio, não para ser servido, mas para servir. O maior dentre vós será vosso servo. (Mateus 20, 28 e 23, 11)....Os seus líderes estão para lhe servir, ou agem querendo para si "toda honra e glória"?
 
*Não lho proibais; porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome, e em seguida possa falar mal de mim. (Mateus 9, 39)....No que diz respeito às outras religiões, dizem que somente a sua é a verdadeira, ou acham sinceramente que as outras também podem estar seguindo a Jesus?
 
*O espírito é que dá a vida. A carne de nada serve. (João 6, 63)....Dão maior valor ao corpo físico (achando até que é nele que iremos ressuscitar), em detrimento do espírito?
 
*Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. (Mateus 5, 37)....Apegam-se somente à verdade, ou colocam aos outros aquilo que querem como verdade, chegando a ponto de adulterar as Escrituras?
 
*Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. (João 8, 32)....Pregam a verdade que liberta ou lhe impõem dogmas que lhe deixam aprisionado?
 
Esperamos sinceramente que nosso estudo possa ter contribuindo para você saber realmente o que é o Cristianismo.
 
No mais, tomamos a palavra de Paulo em Romanos 16, 17:
 
"Recomendo-vos, irmãos, que tomeis cuidado com os que produzem divisões e escândalos contra a doutrina que aprendestes. Afastai-vos deles, porque não servem a Cristo Nosso Senhor, mas ao seu ventre. Com discursos suaves e enganosos seduzem os corações dos incautos".
 
E, por derradeiro, "contratamos" Gamaliel para advogar a favor do Espiritismo, quando diz:
 
"Se for iniciativa ou obra dos homens, perecerá. Mas, se vem de Deus, não podereis eliminá-los e algum dia talvez constatareis terdes combatido a Deus". (Atos 5, 38-39).
 
 
Helena Beatriz
Mundo Divino